Acessibilidade digital

A importância da acessibilidade digital para a experiência do usuário 

A acessibilidade digital é garantida por lei e por isso os produtores de conteúdos devem estar atentos em entregar este direito ao seu público. 

Acessibilidade digital

O ambiente digital se tornou indispensável para todos os cidadãos. Considerando a diversidade das pessoas é preciso que a web esteja adaptada às necessidades de todos. Pessoas com alguma limitação necessitam de atenção especial para não serem excluídas deste espaço. 

Este não é um problema apenas dos usuários, os produtos de conteúdos precisam estar atentos a esta questão, afinal as empresas esperam atingir o maior número de pessoas. Algumas ferramentas e técnicas são necessárias para que a inclusão digital ocorra. No texto abaixo conheça os conceitos e práticas para ter melhores resultados com todo tipo de público. 

O que é acessibilidade digital? 

A palavra acessível significa algo de fácil acesso. Quando se fala de acessibilidade digital se refere a conteúdos da internet que devem incluir todas as pessoas com qualquer tipo de limitação. Os sites devem oferecer facilidade de navegação a toda variedade de usuários. Todos devem conseguir encontrar os assuntos que procuram e sanar suas dúvidas e propósitos. 

Esta questão é tão importante que foram criados documentos com recomendações para tornar os conteúdos mais acessíveis. Se trata do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) criado pelo consórcio W3C (World Wide Web), feito em parceria com cidadãos de todo o mundo. A primeira versão foi lançada em 1999, a segunda em 2008 e a terceira e atual, inclui dispositivos móveis, lançada em 2018. 

Todo o conteúdo da internet deve ter como base estes 4 princípios: 

Acessibilidade digital

1. Perceptível: as informações devem ter fácil localização para que todo o tipo de usuário possa encontrar o que procura. Devem ser oferecidas alternativas variadas para percepção dos conteúdos. 

2. Operável: os caminhos que levam aos conteúdos devem ser operáveis. Para isso, todas as funcionalidades devem poder ser praticáveis pelo teclado. O tempo dos conteúdos deve ser o suficiente, portanto a função de pausar deve estar disponível. 

3. Compreensível: o usuário tem que compreender a estrutura do site para poder entender os caminhos e encontrar as informações que deseja. Para isso a estrutura deve ser previsível e conter instruções. 

4. Robusto: devem ser utilizadas variadas tecnologias e plataformas com vastas informações para permitir profunda interpretação do conteúdo. 

Como tornar o conteúdo digital acessível? 

Algumas pessoas têm mais facilidade de percorrer os caminhos da internet, mas algumas possuem limitações. As barreiras podem ser mais simples como a idade avançada, ou mais profundas, como deficiências, que podem ser visuais, auditivas, de movimento ou intelectual. A produção do conteúdo deve considerar os impedimentos que dificultem a inclusão digital de todos. 

O trabalho de planejamento das páginas web é bastante importante para que a experiência do usuário seja a melhor possível. Devem ser utilizadas ferramentas que facilitem a navegação de todos os tipos de pessoas. Veja algumas dicas: 

Utilize conteúdo multiplataforma e explore ferramentas multissensoriais 

Isso irá ajudar não só as pessoas com alguma deficiência, mas também pessoas que por algum motivo estejam com limitações momentâneas. Por exemplo, considerando que pessoas navegam pela internet em diversos locais e diferentes horários, elas precisam ter opção de obter as informações de diferentes formas. 

Se o usuário estiver em local muito barulhento não vai poder escutar e vai querer ver o conteúdo escrito. Já se estiver num local sem possibilidade de visualização, como praticando exercício físico ou dirigindo vai preferir ouvir o conteúdo. 

Utilize tecnologias assistivas 

As tecnologias assistivas ajudam pessoas com alguma deficiência em vários locais nas cidades, como sinais sonoros nas sinaleiras, na web não é diferente. Um exemplo, são softwares que narram o conteúdo de sites para ajudar pessoas sem capacidade de visão. 

Outro exemplo, são vídeos que utilizam tradutores de libras para pessoas surdas ou audiodescrição para cegos. E ainda existem tecnologias mais avançadas onde pessoas com limitações motoras podem navegar pela voz ou até pelos olhos. É preciso estar sempre atualizado às novas tecnologias e avaliar a melhor opção conforme o conteúdo. 

Coloque legenda nos videos 

Legendar os vídeos além de ajudar pessoas surdas e idosos com audição limitada, também facilita a usabilidade do público em geral. Isto porque uma pessoa pode estar assistindo o conteúdo no ônibus, por exemplo, ou num local mais formal com outras pessoas que não possa ligar o som do aparelho ou utilizar fones. 

Coloque descrição nas imagens 

Uma das tecnologias assistivas é o leitor de tela que lê o texto do conteúdo. Porém, para ver a imagem é preciso haver uma descrição que permita o leitor narrar. Portanto, é importante descrever conteúdo em imagens como fotos, ilustrações, gráficos e imagens que substituem botões ou links. 

O recurso de descrição de imagens também pode ser usado nas redes sociais, é chamado texto alternativo. Pode ser inserido junto à postagem de imagens. Alguns usuários utilizam a hashtag #PraCegoVer

Saiba estruturar o texto 

A simples formatação do texto pode facilitar o fluxo de informação, e para quem usa leitor de tela é ainda mais importante. Textos com construção gramatical simples, frases e parágrafos curtos facilitam o entendimento do leitor. 

Algumas escolhas do produtor de conteúdo fazem diferença para um design inclusivo. Por exemplo, saber escolher a fonte, priorizando as sem serifa para facilitar a visualização. Utilizar cores e contrastes pode ajudar pessoas com visão reduzida. 

Como verificar a acessibilidade na web? 

Existem formas de avaliar se um site oferece acessibilidade. Esta verificação pode ser feita basicamente de 2 formas: por meio de métodos automáticos, como softwares, ou pela revisão humana. 

As ferramentas automáticas analisam os códigos das páginas à procura de omissões ou erros. Elas realizam a análise mais rápido, mas muitas vezes podem não verificar algum item corretamente ou ter pouca profundidade. 

A avaliação direta feita por especialistas ou usuários pode perceber mais profundamente questões como estilo de linguagem e clareza das informações. Além de observar melhor a usabilidade, podendo examinar com mais eficiência a facilidade ou dificuldade de navegação. Alguns avaliadores automáticos mais utilizados são: 
  • Hera: possui versão em português e parece ser o mais eficiente. 
  • Examinador: também possui versão em português e é bastante eficiente, tendo o diferencial de dar nota, fazer relatório e oferecer dicas para melhorar. 
  • Cynthia Says: também possui relatório, mas seu uso é um pouco complexo. Bastante utilizado fora do Brasil. 
A tecnologia está sempre evoluindo com novos navegadores, sistemas operacionais e dispositivos. Novas versões surgem frequentemente, recursos de tecnologia assistiva estão sempre se desenvolvendo e as compatibilidades devem ser sempre monitoradas e ajustadas. 

Por isso é importante manter aberto o canal com os usuários, pois são eles os verdadeiros testadores e avaliadores dos sites. A acessibilidade digital deve estar sempre em contínuo desenvolvimento, com atenção nas atualizações dos materiais, isto porque alguma situação nova pode surgir. 

Com essas dicas você poderá implementar o marketing digital na sua empresa, fortalecer a sua marca e alcançar resultados cada vez melhor. Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Acessibilidade em ambientes informacionais digitais: uma questão de diferença 

Neste livro, a autora aborda o tema central e os aspectos correlatos da acessibilidade em ambientes informacionais digitais - com destaque para a inclusão de pessoas com necessidades especiais, notadamente aqueles com dificuldades auditivas -, bem como analisa o uso estratégico das tecnologias disponíveis no processo inclusivo desses usuários em ambientes informacionais digitais. A autora apresenta os aspectos relacionados aos campos da Ciência da Informação, dos Estudos Surdos, da surdes e do bilinguismo focados no acesso às informações, na interface entre usuário e sistema informacional, no bilinguismo e na acessibilidade digital e na ressignificação do estereótipo da surdez como deficiência. O assunto, tratado de modo claro e conciso, permite uma litura agradável, mas em profundidade, para o leitor interessado nas áreas. Boa leitura... 

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