Dívidas, como sair do vermelho?

 Dívidas, como sair do vermelho?

Como sair do vermelho? Um guia definitivo de como eliminar as dívidas e sair do vermelho 

É inegável que o momento econômico do país contribui para o aumento do endividamento, mas não podemos colocar a culpa apenas nisso.

Nós não temos o hábito de poupar dinheiro. Quanto mais ganhamos, mais gastamos. Gastamos tudo ganhamos e às vezes até um pouco mais, o que leva ao endividamento.

E se a gente não faz uma reserva financeira quando estamos num momento bom, qualquer imprevisto vai causar problemas, desde coisas mais simples, como o atraso no salário ou algum conserto no carro ou em casa, até coisas mais graves, como emergências médicas ou mesmo a perda do emprego.

Se você está numa situação de endividamento, ficar apenas se lamentando não resolverá seu problema, não é mesmo? Descubra, a partir de agora, como sair do vermelho, como lidar com as dívidas e muito mais. 

Conscientização 

O primeiro passo é assumir para si mesmo que está quebrado e que levará um tempo para se reestruturar. 

O grande vilão não é a falta de dinheiro para pagar as dívidas, mas os maus hábitos e comportamentos em relação ao dinheiro levaram a essa dívida. Você só vai conseguir mudar se assumir que cometeu erros e que precisa fazer algo diferente. 

Converse também com seus familiares e explique a situação. Não é possível fazer mudanças radicais sem que todos participem e compreendam esta nova fase. É necessário cortar todos os gastos que não sejam realmente essenciais e todos precisam ajudar. Importante também não se desesperar, para não cair em golpes de dinheiro rápido e fácil! 

Quando as pessoas estão desesperadas, elas tendem a acreditar em qualquer solução que apareça em nossa frente, mas isso não existe. Pense bem antes de fazer qualquer investimento sempre! 

Diagnóstico 

Faça um levantamento detalhado de todas as suas dívidas, discriminando o tipo da dívida (cartão de crédito, cheque especial, empréstimo, etc.), nome do credor, valor devido, taxa de juros, além do prazo e valor da parcelas (caso esteja parcelada). 

Além disso, analise todos os seus gastos, pois sempre é possível reduzir todos eles e, em alguns casos, até mesmo eliminá-los. Feito isso, identifique quais itens são realmente "essenciais" (água, luz, aluguel, etc.) e priorize o pagamento dessas contas, evitando o corte no fornecimento de serviços indispensáveis. Só então pense nos demais compromissos financeiros. 

Planejamento 

Se você chegou até essa situação, é porque agiu muitas vezes sem pensar. Agora chegou a hora de pensar antes de agir. Pagar credores sem qualquer critério não resolverá o problema. Muitas vezes, você só estará pagando os juros, e não o saldo devedor. 

Analise suas dívidas e verifique quais têm taxas de juros mais altas. Via de regra, são dívidas com instituições financeiras (cartões de crédito, cheque especial, empréstimos, etc.). Estes credores devem ser priorizados. 

Antes de escolher quais dívidas devemos negociar, precisamos definir o que realmente é essencial. A conta de luz, por exemplo, é um serviço indispensável e não pode ser cortado. Outros exemplos seriam conta de água ou aluguel, apenas citando alguns. Já uma dívida com TV a cabo é claramente "não essencial" e pode ser cortada imediatamente. 

Então chegamos em áreas mais sensíveis, como alimentação, educação e saúde. Dependendo da sua situação, você pode mudar o padrão da sua alimentação. Se come carne de primeira ou segunda, substituir por carne de terceira ou outros tipos de carne. 

Se seus filhos estudam em escola particular, você pode procurar uma escola mais barata ou, em último caso, até uma boa escola pública. A mesma coisa para o plano de saúde. Você pode procurar uma mais em conta ou deixá-lo temporariamente de lado e contar com a saúde pública enquanto se organiza. Salvo em casos de necessidade extrema, para pacientes crônicos. 

Importante deixar claro que estas dicas não são regras gerais, certo! Vai depender da situação de cada pessoa e até onde ela está comprometida em resolver seus problemas financeiros. Certamente não e fácil e provavelmente será doloroso, mas você está assumindo a responsabilidade com atitude e coragem, o que passa uma bela lição não só para você mesmo mas também para seus familiares. 

Definindo quais gastos são realmente essenciais e precisam ser mantidos, chegou a hora de separar as dívidas prioritárias. Como havia dito, estas são as dívidas com maiores taxas de juros. 

Negociação 

Chegou a hora e arregaçar as mangas e abrir o jogo. Via de regra, o primeiro credor que você procurar é o banco, se esse for o seu caso. Converse com seu gerente, apresentando a real situação em que você se encontra, e proponha a junção (num mesmo pacote) das dívidas de cartões de crédito, cheque especial e demais empréstimos. 

O objetivo imediato é estancar o aumento da dívida, interrompendo a cobrança de juros sobre juros. Negocie uma linha de crédito diferenciada, com maior prazo e juros menores (inferiores a 3% ao mês), onde a prestação seja menor e caiba - com folga - no seu bolso. Se seu gerente não aceitar o parcelamento nestas condições ou você perceber que é impossível assumir essa prestação, por menos que seja, não faça acordo

Procurar o Poder Judiciário 

Se você se endividou porque perdeu seu emprego ou por má gestão financeira e - obviamente - não estiver agindo de má-fé, a justiça está a seu favor. 

Existe um programa de tratamento para consumidores superendividados (pessoas que contraíram dívidas acima da sua capacidade de pagamento). Procure o Poder Judiciário para o "Tratamento das Situações de Superendividamento do Consumidor" em sua cidade. 

Esta iniciativa tem como objetivo mediar a renegociação de suas dívidas com todos os seus credores, de forma amigável, de acordo com seu orçamento familiar, de modo a garantir a subsistência básica de sua família (mínimo vital). 

Se no fórum da sua cidade não tiver sido instalado este projeto, procure a "Defensoria Pública", o Procon ou um advogado para orientá-lo. 

Como lidar com as dívidas? 

As dívidas são parte da vida para muitos de nós, mas há ocasiões em que elas podem se tornar enormes e incontroláveis. É importante encarar a situação de frente e fazer uma auditoria de todos os débitos em aberto. Tente encontrar formas de reorganizar seu orçamento para não se atrasar nos pagamentos. Caso esteja com dificuldades, veja alguns passos para lidar melhor com as dívidas: 

#1. Restabelecendo o controle das dívidas 

Avalie a situação 

O primeiro passo para restabelecer o controle da dívida é fazendo uma avaliação honesta de todos os débitos em aberto e o valor total. Comece relacionando cada dívida e inclua o máximo de informações que puder. Não será possível progredir se você tiver uma noção clara de sua situação financeira. 

Anote as informações essenciais, incluindo taxas de juros, valor principal, pagamentos mensais e quais quer garantias atreladas ao seguro de empréstimo. Essa experiência pode ser estressante e difícil, mas é essencial. Depois de reunir todas as informações, você poderá começar a entender a situação para conseguir resolvê-la. 

Determine quais débitos têm garantia e quais não têm 

Depois de relacionar todos os débitos, você deve organizá-los por ordem de importância. Comece determinando quais estão atrelados a garantidas e quais não estão. Isso é importante, pois você verá quais débitos podem implicar em perdas de bens, como a sua casa. 

Débitos com garantia são aqueles que estão atrelados a um bem, como uma casa ou carro. Caso falte com os pagamentos, o credor terá o direito de tomar o bem para quitar a dívida. 

Débitos sem garantia são aqueles que não estão atrelados a qualquer bem e geralmente incluem dívidas de cartão de crédito, plano de saúde e empréstimos bancários. 

Priorize as dívidas 

O próximo passo é priorizar as dívidas por aquelas que devem ser quitadas primeiro. Embora todas sejam importantes, algumas são mais do que outras. As mais importantes, geralmente, são as que podem implicar na perda da sua casa, carro ou outro bem. Nessa categoria, incluem-se aluguéis, hipoteca, impostos e contas de consumo. Então, veja algumas dicas: 
  • O aluguel e as contas de consumo se tornam dívidas quando você deixa de pagá-los. Seus serviços podem ser cortados e você pode ficar sem ter onde morar. 
  • Débitos com menor prioridade incluem dívidas de cartão, cheque especial, parcelamentos em atraso, empréstimos feitos com terceiros ou débitos sem garantia. 
  • Ao priorizar as dívidas, veja quais têm maiores taxas de juros. Caso possa liquidar rapidamente aquelas que têm as maiores taxas, melhor. Assim, você poderá lidar mais adequadamente com os outros débitos. 
  • Caso tenha algumas economias, use-as para pagar as dívidas mais caras. A taxa de juros das dívidas certamente é maior do que a que você ganha por manter o dinheiro rendendo. No entanto, tenha cuidado para não gastar todo o dinheiro que tiver guardado, pois ele pode ser útil em alguma emergência futura. 
  • É comum que as empresas que possuem débitos de menor prioridade sejam mais incisivas na cobrança. Lembre-se disso e concentre-se nos débitos de maior prioridade. 

Verifique se você está em uma crise financeira ou não 

Depois de conferir todas as dívidas, é preciso refletir sobre a gravidade do problema. Não há definição exata para "crise financeira", mas tente refletir sobre a sua posição atual com estas perguntas: 
  • Você está encontrando dificuldades para pagar suas despesas básicas por conta das dívidas? Isso inclui financiamento da hipoteca, o mínimo do cartão de crédito e contas de consumo. 
  • Pergunte-se se as dívidas, (incluindo a hipoteca e financiamento do carro) são maiores do que sua renda anual, descontando os impostos. 
Caso a resposta para alguma dessas perguntas for positiva, sua dívida pode ser grave e o melhor talvez seja buscar um consultor financeiro ou alguma organização que preste esse serviço gratuitamente. Lembre-se de que, independentemente do tamanho da dívida, é importante avaliar se você poderá lidar com elas. 

Não faça mais empréstimos caros 

Para muitos, a dívida pode se tornar um ciclo sem fim, que piora com o tempo. Frequentemente, se você já tem alguns empréstimos, talvez se sinta pressionado a fazer novos empréstimos para pagar os antigos. Isso é comum para o caso de bancos, mas deve ser evitado.

Verifique outras opções, como um empréstimo consignado ou renegociações. Você terá mais chances de liquidar o débito ou trocá-lo por um com tarifas mais favoráveis. Antes de tomar qualquer atitude, fale com um consultor financeiro.

Esteja atento quanto às garantias de empréstimo. Esses empréstimos podem exigir que você coloque sua casa como garantia de pagamento, mas também podem ser vantajosos, com taxas menores de juros e melhores condições de pagamento. Apenas tenha cuidado para não gerar mais dívidas após esse empréstimo.

#2. Planejando o futuro 

Desenvolva um orçamento 

Depois de relacionar todas as dívidas, veja quanto você pode pagar por mês. Faça um orçamento que cubra toda a sua renda e gastos e determine o quanto você tem disponível para pagar as dívidas. Pense nos cortes que pode fazer para economizar dinheiro. Se possível, considere formas de aumentar a renda. 

Depois de determinar o orçamento, seja realista quanto aos valores que você pode separar mensalmente para pagar as dívidas. Junte seu orçamento com a lista de débitos mais importantes e veja o quanto você pode pagar. 

Entre em contato com seus credores 

Agora, você precisa entrar em contato com os credores para discutir formas de renegociar suas dívidas. Caso possa dar informações detalhadas sobre quanto pode pagar por mês, talvez seja possível renegociar a dívida para que ela caiba no seu orçamento. 

Por exemplo, você pode concordar com um novo plano de pagamento que aumenta a quantidade de parcelas, mas reduz o valor mensal delas. O importante é chegar num acordo com os credores mais problemáticos. O resto você pode pagar quando se livrar das dívidas mais complicadas. 

Busque aconselhamento financeiro 

Caso não seja possível negociar novos planos de pagamento ou se toca a informação for simplesmente demais para você, entre em contato com organizações que prestem consultoria financeira e fazem o intermédio das negociações entre credores e devedores. 

Há diversas feiras que acontecem ao longo do ano e tentam negociar as dívidas das pessoas com as empresas. Lá, você também obterá aconselhamento para saber como lidar com sua situação financeira. Veja dicas de aconselhamento: 
  • Há muita informação disponível online, mas o ideal é sempre buscar aconselhamento pessoalmente. 
  • Muitas universidades e empresas, prestam serviços de aconselhamento gratuito. 
  • Os serviços de proteção ao crédito e empresas de empréstimo também podem ajudar. 
  • Confira se a organização tem uma boa reputação. A expressão "sem fins lucrativos" não necessariamente significa que o serviço é gratuito. 

Considere um plano de gestão de débitos 

Em alguns casos, o consultor pode sugerir um plano de gestão de débitos, caso você não consiga pagar as dívidas. O plano envolve pagar a empresa que fará a gestão do pagamento dos débitos. 

Pense com cuidado sobre o assunto e converse bem com os credores. Só faça caso o consultor já tenha verificado suas finanças. Na maioria dos casos, o consultor será capaz de aconselhá-lo a respeito do seu orçamento e da gestão das dívidas sem necessariamente seguir um desses planos. 

Experimente a regularização de dívidas 

Os programas de regularização de dívidas servem para quando as credoras terceirizam a cobrança das dívidas. Isso é bem comum no Brasil e as empresas tomadoras geralmente oferecem boas condições para a regularização, seja com parcelamentos ou descontos. 

Geralmente, um boleto é enviado com opções de planos de pagamento. Você deve pagar o valor correspondente ao plano escolhido e, dentro de alguns dias, seu nome será regularizado. Só busque essa alternativa se puder arcar com as parcelas todos os meses, sem exceção. 

Nem todas as dívidas podem ser negociadas dessa forma, já que as condições geralmente são definidas pelos credores e eles são obrigados a realizar esse procedimento. As empresas de regularização podem recolocar seu nome nos serviços de proteção ao crédito se você não cumprir com os pagamentos. Caso não pague corretamente as parcelas, você poderá gerar uma nova dívida com novas taxas de juros acumuladas. 

Há diversas empresas que praticam fraudes nessa área, pesquise se a oferta é legítima. Antes de confirmar o pagamento, pesquise bem o histórico da empresa e sempre busque aconselhamento financeiro de um consultor ou de organizações sem fins lucrativos confortáveis. 

Considere um refinanciamento 

Talvez você consiga reduzir o valor da sua divida com um novo financiamento, seja o da sua casa ou do seu carro, por exemplo. Esses planos geralmente usam o próprio bem como garantia. 

Se você não tem outras dívidas atreladas a ele, pode ser uma boa ideia, mas pense com cuidado sobre os riscos. Esteja ciente da variação de taxas. O que pode ser mais barato de início pode acabar se tornando mais caro se houver aumento nos juros. 

Pense na possibilidade de declarar falência 

Se suas dívidas estão completamente fora do controle e não há perspectiva de melhora, talvez seja o momento de declarar falência. Essa é uma decisão delicada, com consequências duradouras. É preciso pensar com cautela. A falência pode dificultar seu acesso a crédito ou a compra de uma casa no futuro. 

Veja em qual modelo de falência você se encaixa. Consulte um advogado para ter mais informações a respeito do processo. A declaração de falência deve ser a última opção para a maioria dos casos. Mas, em alguns casos, pode representar um novo começo. Converse com um consultor financeiro e um advogado especializado em falência e problemas de crédito antes de tomar qualquer decisão. 

#3. Lidando emocionalmente com as dívidas 

Reconheça o seu problema financeiro 

Uma reação comum em relação às grandes dívidas é negar a seriedade da situação. As dívidas podem representar um grande fardo emocional, mas é essencial ter pleno conhecimento da situação e do impacto que ela causa. 

Há uma quantidade crescente de evidências que mostram o impacto das dívidas no estresse e na saúde mental: não as ignore. Estar em negação quanto às dívidas pode apenas piorar a situação e atrasar sua reação. Não espere algo acontecer, como receber uma notificação de despejo, para tomar conhecimento da sua situação financeira. 

Fale com alguém a respeito do estresse causado pelas dívidas 

O endividamento pode comprometer você psicologicamente. Tente conversar com alguém a respeito. Falar com amigos e familiares pode ser difícil, então, busque um terapeuta caso suas dívidas sejam a maior causa do seu estresse. 

Essa é uma parte importante do reconhecimento da situação. Somente depois de reconhecer sua situação financeira é que você será capaz de tomar os passos necessários para lidar com o problema todo. Sempre busque o aconselhamento imparcial de um consultor financeiro, mas não negligencie o impacto psicológico da dívida. 

Tome atitudes para manter a positividade 

É completamente normal se sentir ansioso e estressado em relação a uma situação financeira difícil, mas você pode fazer algumas coisas para se sentir melhor. Claro que encontrar uma forma de lidar com a dívida é essencial, mas você também pode melhorar seu humor. 

Isso pode até ajudá-lo a lidar com a dívida e se concentrar para encontrar uma solução. Tente ser mais ativo. Exercite-se, mas também passe um tempo com os amigos e faça suas tarefas diárias. 

Busque aconselhamento para encarar seus medos e lidar com o problema de frente. Tente não beber muito. Algumas pessoas usam o álcool para lidar com o estresse e a ansiedade, mas beber pode causar ainda mais problemas. 

Saiba quando obter ajuda 

Se os seus sentimentos de estresse e ansiedade não diminuírem e, além de tudo, começarem a impactar seu dia a dia, é melhor procurar um médico. Se os sentimentos negativos persistirem por semanas, seu médico provavelmente recomendará um terapeuta para que você tenha mais rápido. 

Se você sentir que não consegue se sustentar emocionalmente ou que a vida não vale mais a pena, busque ajuda imediatamente. Não deixe a situação se deteriorar. Entre em contato com o seu médico ou busque uma central de apoio por telefone. 

Agora, que você aprendeu como lidar com a situação, vamos para o próximo tópico. Conhecerá algumas dicas de como eliminar as dívidas. Continue a leitura até o final, na sequência um bônus. 

Como reduzir suas dívidas 

Se você está tendo problemas para pagar suas dívidas, existem medidas que você pode tomar. Encontrando maneiras de reduzir sua taxa de juros, consolidando suas dívidas e reduzindo seu saldo geral, você pode reduzir o valor pago mensalmente. 

Você também pode optar por trabalhar com um consultor financeiro. Em último caso, a melhor maneira de reduzir seus pagamentos é devagar, mas com certeza, sair da dívida. Com sorte, conseguindo taxas de juros mais baixas, isso pode acontecer com mais facilidade. 

#1. Reduzindo as taxas de juros 

Ligue para as empresas de cartão de crédito e pergunte se elas podem reduzir suas taxas de juros 

Em alguns casos, obter uma taxa de juros menor é tão fácil quanto ligar para sua empresa de cartão de crédito e pedir um cartão. Faça seus pagamentos mensais de forma constante e consistente por 6 meses a 1 ano antes de solicitar uma taxa de juros menor. 

Se for o caso, solicite outro cartão que tenha uma taxa mais baixa. Caso seja aprovado, verifique se a empresa do cartão de crédito pode igualar essa taxa. Mas, seja insistente! Sua empresa de cartão de crédito pode não concordar a primeira vez que você pedir algo. 

Transita seu saldo de cartão de crédito para um cartão com uma taxa de juros mais baixa 

Procure um novo cartão de crédito que aceite uma transferência de um cartão de crédito existente (às vezes chamado de cartão de crédito de transferência de saldo). Para obter melhores resultados: 
  • Procure por taxas anuais de juros baixas ou de 0%. Geralmente será uma taxa introdutória, mas permitirá que você pague parte de sua dívida sem juros. 
  • Procure o período de taxa introdutória mais longo que você puder encontrar. 
  • Certifique-se sobre qual é a taxa após o término do período introdutório. 

Pense na consolidação de empréstimos estudantis se você tiver vários pagamentos de empréstimos para estudante 

Ligue para cada um de seus provedores de empréstimo estudantil para descobrir a quantia exata que você deve, a taxa de juros cobrada e seu pagamento mensal mínimo. Depois de ter reunido essas informações, entre em contato com uma empresa de empréstimos consolidados para descobrir se você será aprovado para um empréstimo melhor. 

Se você tiver empréstimos estudantis federais, entre em contato com o Ministério da Educação. Procure a própria instituição ou outras empresas que trabalham com empréstimos se estudar em uma instituição privada. 

#2. Reduzindo seu saldo 

Reduza seus gastos com crédito 

Você não poderá reduzir seus pagamentos se continuar acumulando mais dívidas. Elabore um orçamento que você pode manter e evitar o uso de cartões de crédito, pedir empréstimos ou assumir qualquer outra forma de dívida. 
  • Tire algum tempo para observar seus hábitos para que você saiba onde o seu dinheiro está sendo usado. 
  • Tente seguir à risca seu orçamento e evite viver além de seus recursos. 
  • Limite a frequência com que você come em restaurantes. Prepare as refeições com antecedência e leve seu próprio almoço. 
  • Limite seus gastos supérfluos. Considere cancelar os serviços de streaming ou mudar para um plano de dados de menor valor para o seu telefone. 
  • Evite fazer grandes compras até conseguir reduzir sua dívida com sucesso. 

Elabore um plano de pagamento da dívida a longo prazo 

Entre em contato com cada uma das empresas de cartão de crédito e/ou fornecedores de empréstimo e pergunte se há um novo plano de pagamento do saldo.

Fazer isso pode ajudar você a evitar multas por atraso e inadimplência, enquanto reduz seu pagamento mensal. Muitos credores oferecem planos especiais para pessoas com dificuldades econômicas. Às vezes, esses planos exigirão que você feche sua conta. 

Faça pagamentos maiores agora 

Embora possa parecer contraditório, pagar mais agora, isso permitirá que você pague menos depois. Se possível, tente pagar mais do que o valor mínimo devido. 

Use o "método cascata" para pagar suas dívidas 

A melhor maneira de reduzir seus pagamentos mensais é reduzir o que você deve no geral. Um método para sair da dívida envolve priorizar sua dívida com juros mais altos. 

Para fazer isso, descubra quais de seus débitos têm a maior taxa de juros. Pague apenas o valor mínimo mensal de todas as suas outras dívidas e coloque o máximo de dinheiro possível na sua dívida com juros mais altos, até que ela seja líquida. Uma vez que sua dívida com juros mais alta for quitada, passe para a dívida com a próxima maior taxa de juros. 

#3. Encontrando e trabalhando com um consultor financeiro 

Procure um consultor financeiro 

Você pode encontrar um consultor financeiro entrando em contato com cooperativa de crédito, autoridade local, base militar ou universidade. Você também pode pedir sugestões de familiares ou amigos. Peça uma descrição dos serviços antes de assinar contrato com um consultor financeiro. 

Discuta a consolidação da dívida 

Converse com seu consultor sobre maneiras de consolidar sua dívida. Este processo envolve totalizar a soma das suas dívidas e contrair um empréstimo para pagar todas elas de uma só vez. Ao fazer isso, você terá apenas 1 pagamento mensal. 
  • Você pode tentar obter um empréstimo pessoa de uma cooperativa de crédito ou banco. 
  • Você pode transferir suas dívidas para um cartão de crédito usando a transferência de saldo. 
  • Você pode tentar obter um empréstimo com fiador. 

Pergunte sobre planos de gestão da dívida 

Através do seu consultor, você pode se inscrever em um plano de gestão da dívida. Isso significa que você paga ao seu consultor financeiro uma taxa mensal e ele distribui esse dinheiro para os vários credores que você deve. No plano, seu consultor negociará com seus credores para obter a melhor taxa de juros possível. 

Pode levar vários anos para concluir um plano de gestão da dívida. Durante esse período, você deve fazer pagamentos mensais regulares. Se você perder pagamentos, seus credores podem optar por descontinuar o plano. 

Uma vez endividado, sair dessa situação não é fácil nem é rápido, mas - sem dúvida alguma - é possível. Após apresentar dicas e sugestões de como sair do vermelho, que tal agora uma bonificação? Confira o próximo tópico. 

De endividado a investidor: Como mudar sua vida financeira? 

Problemas financeiros não afetam apenas seu bolso. Eles impactam - negativamente - quase todas as áreas da sua vida.

Se você já passou (ou está passando) por algum tipo de problema, sabe o quanto isso prejudica seus relacionamentos, sua produtividade no trabalho e até mesmo sua saúde. E o problema financeiro mais comum é justamente o endividamento. Livrar-se das dívidas e conseguir viver com tranquilidade financeira não tem preço.

Você recupera sua auto-estima e sentirá novamente motivado a trabalhar com todo gás. Melhora seu humor e volta a ser carinhoso com as pessoas que você mais ama. No intuito de ajudar você a mudar sua vida financeira, este passo-a-passo super simples irá deixar de ser endividado e se tornar um investidor. Então vamos ao assunto: 

Como se tornar um investidor 

Após experimentar a tranquilidade financeira, esperamos fortemente que você entenda o quanto isso é saudável (não apenas para seu bolso) e mantenha todos estes novos hábitos financeiros que mudar substancialmente sua vida. 

Então, após conseguir manter seus gastos e suas dívidas sob controle, chegou a hora de dar aquele passo mais arrojado: tornar-se um investidor. Talvez a primeira aplicação financeira que veio em sua cabeça (quase que automaticamente) tenha sido a caderneta de poupança.

Afinal, ela é alternativa mais popular no Brasil. No entanto, apesar de toda facilidade para investir na poupança, sua rentabilidade deixa muito a desejar. E as demais alternativas oferecidas pelo seu banco não são vantajosas, pois possuem rentabilidades muito baixas (ou taxas administrativas muito altas), de modo que inviabiliza o investimento para pequenos investidores. 

Engana-se quem pensa que basta conversar com seu gerente do banco para que tudo se resolva. A solução é aprender você mesmo a investir e a ficar mais rico a cada dia. E temos certeza que isso não acontece da noite para o dia, mas tudo deve ter um começo. 

E o melhor investimento hoje para este pontapé inicial é o investimento em títulos públicos, através do Tesouro Direto. Além da alta rentabilidade e baixo risco, você pode começar a partir de apenas R$ 30. Isso mesmo: apenas trinta reais!!! 

Em vez de optar por furadas que certamente serão oferecidas pelo seu gerente (tais como títulos de capitalização, previdência privada ou caderneta de poupança), você vai investir na melhor aplicação financeira do Brasil disponível para pequenos investidores. 

A grande verdade é a seguinte: ninguém vai cuidar tão bem do seu dinheiro quanto você. E para ajudar você a entender este universo de investimentos, te convido a ler outros artigos clicando na aba categorias, onde encontrará tudo sobre Tesouro Direto e entre outros assuntos que vão tirar suas dúvidas. 

Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Como organizar sua vida financeira - Gustavo Cerbasi 

Gerenciar o próprio dinheiro não é uma tarefa fácil para quem desconhece o poder do planejamento e da organização. "Como organizar sua vida financeira" apresenta dicas certeiras para você que deseja tomar decisões mais conscientes sobre o seu dinheiro. O renomado consultor Gustavo Cerbasi reuniu neste livro todos os temas-chave que você precisa conhecer para alcançar o equilíbrio das finanças e planejar um futuro mais próspero. Ele começa realizando um diagnóstico da sua situação atual, levando em conta dados como idade, dívidas, despesas, bens, investimentos e planos para a aposentadoria. 

Depois de chegar ao valor do patrimônio ideal para obter a tão sonhada independência financeira, é hora de aprender a analisar seu orçamento e identificar os pontos que podem ser aperfeiçoados. Após traçar seu perfil de consumo e investimento, você poderá passar para os tópicos mais específicos, dominando de uma vez por todas os assuntos que sempre considerou complexos. Boa leitura... 

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