Educação Financeira

Educação Financeira

Tudo sobre Educação Financeira: Conceito, livros, cursos e dicas práticas 

Conhecer os princípios da educação financeira desde cedo faz toda a diferença na relação que você desenvolve com o dinheiro ao longo da vida. Saiba mais! 

A educação financeira nunca esteve tão em evidência no Brasil quanto no momento atual. Isso se deve a fatores como a facilidade de acesso às informações através da tecnologia. O brasileiro, de um modo geral, também está mais interessado em aprender sobre finanças pessoais e como ter uma boa gestão financeira. 

A recente crise evidenciou ainda mais o quão importante é ter educação financeira pessoal, já que muitos sofreram grandes impactos em suas rendas e tiveram momentos difíceis. Assim, viu-se de forma clara como ter uma reserva financeira é essencial na vida de qualquer um, já que as emergências não avisam quando vão acontecer. 

Contudo, como se prevenir desses problemas? Como se preparar financeiramente? Como posso ter uma vida financeiramente tranquila? A resposta para essas e outras perguntas passam pelo primeiro passo que é: buscar ter educação financeira e aplicar em sua vida. Confira o artigo completo e conheça tudo sobre educação financeira! 

O que é Educação Financeira? 

De maneira simples, educação financeira é todo o conhecimento relacionado ao dinheiro e como ele funciona. Ou seja, é o processo que lhe ajuda a compreender melhor os produtos e serviços financeiros, assim, você se torna capaz de fazer melhores escolhas. 

Dessa forma, ter conhecimento sobre temas como: juros, poupança, Selic, inflação e outros pode ajudar você a tomar decisões financeiras de forma consciente e inteligente. De forma prática, quanto mais educado(a) financeiramente você for, mais consciente e confiante ficará para tomar decisões de como utilizar o seu dinheiro. 

Além disso, ao se educar financeiramente você conseguirá melhorar o processo de como cortar gastos, aumentar receitas e investir valores poupados periodicamente para gerar acúmulo de riqueza. Nesse sentido, fica muito mais fácil fazer o seu dinheiro trabalhar para você

Como ter uma boa Educação Financeira 

Infelizmente, a educação financeira não é algo que aprendemos desde cedo. E é por isso que muitas pessoas caem na armadilha de acreditar que é tarde para mudar, ou que não é possível ter educação financeira depois de certa idade. 

Se você pensa assim ou já esteve nessa situação; a boa notícia é que: é sim possível ter uma boa educação financeira independente da sua idade e condição financeira atual. Mas como posso ter educação financeira? Por onde começar? 
  • O primeiro passo - você já deu, que é ter interesse no assunto. Afinal, você está lendo este texto, não é mesmo? 
  • O segundo passo - é buscar conhecimento sobre o assunto em boas fontes e fazer isso faz parte da sua rotina de vida. 
  • O terceiro passo - é aplicar esse conhecimento que está sendo adquirido, afinal, o maior aprendizado sempre estará no campo prático. 
Sendo assim, para ajudá-lo a conseguir aplicar esses três passos, vamos compartilhar também livros e cursos para te ajudar a adquirir mais conhecimento e dicas práticas para você aplicar no seu dia a dia. 

Os melhores livros sobre Educação Financeira 

A beleza da internet é que através dela podemos ter acesso a muita informação de forma gratuita ou paga. Hoje, quem quer se aprofundar em qualquer assunto pode assistir vídeos no YouTube, ler e-books, escutar podcasts ou audio-livros. Afinal, são muitas as maneiras de se obter conhecimento. 

Todavia, mesmo com tantas facilidades, os livros ainda continuam sendo a fonte de conhecimento mais rico. Então, você deve estar se perguntando: com tantas opções, por quais devo começar? 

Assim como todo grande prédio começa sua construção pelo alicerce, uma boa educação financeira deve ser trabalhada com cima de bons livros que vão servir como base para seus demais aprendizados. Por isso, confira os 3 melhores livros que vão te ajudar a formar essa boa base: 
  1. Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki e Sharon Lechter 
  2. O Homem Mais Rico da Babilônia - George S. Clason 
  3. Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker 

Principais lições desses livros 

Esses livros sobre educação financeira focam muito em dois pontos principais: mentalidade e fazer o dinheiro trabalhar para você. Ao se abordar a mentalidade é mostrado como se deve encarar o dinheiro e as relações com o mesmo, deixando de lado ditados como "dinheiro é a raiz de todo mal" e outros pensamentos negativos ligado à construção de riqueza. 

Essa postura deve mudar para quem deseja ser rico. Caso contrário, sua mente estará sempre sabotando seus planos de sucesso financeiro. Para alcançar a riqueza material é preciso entender como construí-la e o principal modo é através de "bens geradores de riqueza", ou seja, aqueles que te geram renda. 

Empregando seu dinheiro em bens que gerem mais renda é possível adquirir os chamados "bens não geradores de riqueza". O problema é que as pessoas, em geral, fazem exatamente o contrário. Passam a vida comprando passivos, ou seja, bens que não geram renda, mais custos no orçamento pessoal, como carros que exigem pagamento de impostos e depreciam muito, perdendo valor de mercado. 

E no final da vida, via de regra, conquistaram um imóvel próprio, que não pode ser locado ou vendido já que é a realidade da família, e outros bens de uso próprio. Ou seja, nenhum bem gerador de renda. Sendo assim, para fazer o dinheiro trabalhar para você é importante começar cedo e usar o tempo como fator potencializador da construção de patrimônio, junto ao juros compostosPor isso, investir é fundamental, pois significa comprar ativos ou bens geradores de riqueza. 

Cursos de Educação Financeira 

Procurar conhecimento por meio de cursos de finanças pessoais sempre é uma ótima opção. Afinal, eles acabam ajudando a estruturar melhor o conhecimento e tornaram o aprendizado mais dinâmico, ainda mais com as facilidades de tecnologia. Confira, a seguir, as principais opções de cursos gratuitos e pagos sobre educação financeira: 

Gestão de Finanças Pessoais do Banco Central 

Esse curso é chamado Gestão de Finanças Pessoais, foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e possui acesso gratuito. Nele se aprende os conceitos básicos de gestão financeira pessoal em uma série de vídeos interativos e animados. Tem uma proposta de ensinar os conceitos financeiros de uma forma lúdica. 

Curso Online CVM 

Diversas decisões financeiras do nosso dia a dia, especialmente aquelas relacionadas ao consumo, empréstimos, financiamentos, e investimentos, envolvem conceitos de matemática financeira. O objetivo deste curso é apresentar os conceitos introdutórios sobre o assunto e algumas aplicações práticas que capacitem você a lidar melhor com as situações cotidianas que necessitam desses conhecimentos. 

Curso de como gastar conscientemente da FGV 

Esse curso da FGV tem o objetivo de ajudar as pessoas a desenvolverem um consumo de forma mais consciente, evitando assim as compras por impulso. Alguns tópicos que ele ajuda no seu desenvolvimento de educação financeira são: Por que devo administrar meu dinheiro? Eu preciso ou quero isso? O consumo me faz feliz? 

5 Dicas práticas de Educação Financeira 

Educação financeira exige estudo e prática dos diversos conceitos que permeiam o assunto. Por isso, quem espera ficar rico rápido e sem adquirir bastante conhecimento antes - o que exige muito esforço, desiste de ir pelo lado da educação financeira e começa a apostar na loteria, por exemplo. Mas, você não quer isso, não é mesmo? Então, vamos às dicas de educação financeira! 

1. Entenda e controle suas despesas 

Saber para onde vai seu dinheiro e, mais especificamente, quanto dele está empregado em cada área, ajuda a saber quais gastos cortar ou diminuir. Para isso, você não precisa mais utilizar ferramentas complicadas ou penosas, como caderninhos ou planilhas de gastos. 

Com os apps de controle financeiro, como o Mobills, é possível fazer a gestão do seu orçamento de forma simples e prática. Além da vantagem de estarem sempre à mão, eles facilitam o registro tempestivo das receitas e despesas, evitando esquecimentos. 

2. Defina metas e objetivos 

É difícil poupar sem objetivos financeiros, e metas em mente. Por isso, trace seus objetivos de curto, médio e longo prazo, e faça metas financeiras para eles. Você verá que fica bem mais fácil destinar uma parte da renda a um sonho que tem definições concretas. 

3. Desenvolva o hábito de poupar 

Poupar dinheiro pode se tornar uma verdadeira obsessão, mas no bom sentido. A pessoa educada financeiramente busca sempre minimizar seus gastos e, para isso, está sempre querendo economizar. 

Exercite hábitos simples para evitar gastar mais que o necessário, como: pesquisar preços antes de uma compra, buscar por descontos ou programas de cashback, pechinchar e analisar a possibilidade de adquirir produtos similares mais baratos. 

É possível conseguir economia financeira em todas as áreas do orçamento, principalmente no que diz respeito ao lazer. Procure por promoções em sites de compra coletiva ou aplicativos de desconto. Opte por programações ao ar livre e com custos mais baixos, alternadas com outras mais caras. 

A dica de ouro para quem quer desenvolver o hábito de poupar é: pergunte-se sempre se aquela despesa é necessária e qual seu benefício. Essa regra é primordial para fugir do consumismo e poupar muito mais. 

4. Ganhar, economizar e investir 

Esse é um tripé que deve ser seguido por todos que têm a educação financeira como objetivo. Terminar o mês zerado ou devendo é péssimo. Por isso, você precisa urgentemente reduzir seus gastos para cumprir as duas outras etapas do ciclo: economizar e investir

O ideal é que pelo menos 10% dos seus ganhos sejam destinados à reservas financeiras. Caso esteja endividado, o primeiro passo continua sendo a redução dos gastos, mas com foco em pagar as dívidas primeiro e, só então, investir. 

Para cumprir o ciclo é preciso conhecer a fundo sua situação financeira e, para isso, deve-se elaborar um orçamento com base em: 
  • rastrear seus gastos; 
  • entender em quais áreas está concentrado os maiores percentuais de despesa; 
  • onde é possível cortar. 
Se seu caso é diferente, ou seja, você já guarda uma parte do que ganha por mês, estude a possibilidade de aumentar esse percentual ou, até, conseguir uma renda extra. 

Objetivo principal: 

O objetivo é sempre poupar o máximo possível. Sendo assim, busque não se acomodar com uma quantia fixa, pois, fatores como a inflação, estarão corroendo o poder de compra dos valores poupados. Depois que economizar virar um hábito, pode-se partir para o investimento. Para quem está começando existem boas opções, inclusive com baixos valores de aportes iniciais. Opções de renda fixa como: Tesouro Direto, CDBs e LCs, entre outras, são melhores que a poupança. 

Depois que começar a investir, estude mais sobre outros tipos de investimentos e diversifique a sua carteira. Não se esqueça que o tempo e os juros compostos ficarão responsáveis por multiplicar seu patrimônio. Sua parte é continuar aportando com consistência e buscando conhecimento para melhorar seus rendimentos. Essa é a forma como seu dinheiro pode trabalhar para você. 

5. Utilize aplicativos para ajudar na sua educação financeira 

Como já citamos, aplicar os conceitos de educação financeira por meio de um maior controle do seu patrimônio é possível através de aplicativos de gestão financeira. Com eles é possível rastrear gastos e fazer os registro acontecerem, evitando erros por esquecimento. Com o aplicativo, você terá alguns benefícios, tais como: 
  • gerenciar suas contas; 
  • definir limite de gastos por categoria; 
  • controlar seus cartões de crédito; 
  • analisar suas finanças pessoais; 
  • acessar pelo celular. 

Importância da Educação Financeira Pessoal 

Mesmo sabendo o que é educação financeira e para que ela serve, saber claramente da sua importância vai ser crucial para que você consiga se manter firme nessa jornada de longo prazo. 

A educação financeira é essencial e importante para que você consiga construir um patrimônio sólido, e para que isso aconteça é necessário tempo e disciplina. Assim, quanto mais cedo se aprende os conceitos de educação financeira, mais rápido a mesma mostrará seus benefícios. 

Disciplina e hábitos 

A disciplina depende do hábito. Desse modo, nada melhor para lapidar um costume que a prática constante por um longo período. Sendo assim, o ideal é que as pessoas sejam apresentadas à educação financeira ainda na infância. 

O que acontece hoje é que os jovens, em sua maioria, não fazem ideia do valor do dinheiro, do custo de vida da sua cidade, nem de nada do gênero. Muitos chegam ao mercado de trabalho sem ter noção da média salarial de seus empregos. Ou seja, nenhum pouco preparados para lidar com a gestão de seus recursos. 

Quando começam a receber seus salários, ainda morando com seus pais e sem responsabilidades fixas, gastam tudo em bens supérfluos, ao invés de aproveitar essa fase da vida com menos obrigações para se preparar para o próximo passo: morar sozinho

Bem, quando se mudam para um local seu, este é financiado em 20 ou 30 anos, junta-se a esta parcela a do carro, as novas contas que devem ser pagas, como condomínio, água, luz, entre outras despesas fixas e variáveis

Percebe que se esse indivíduo do exemplo não começou a fazer suas reservas antes, muito menos agora ele irá fazê-las? E quando chegar os filhos e a vontade de viajar nas férias para dar uma desopilada? Tudo feito sem planejamento financeiro algum? Esse é o retrato da maioria dos jovens e adultos de hoje... 

A quebra do ciclo ganha-gasta 

Conseguir atingir um patamar de educação financeira em que este ciclo se quebre e as crianças tenham consciência do valor do dinheiro desde a infância é primordial. A quebra do ciclo ganha-gasta incentivará a independência financeira dos pequenos e a responsabilidade na gestão de seu patrimônio. 

Essa ideia fica bem clara quando se lê o livro Pai Rico, Pai Pobre, que conta parte da infância de Robert Kiyosaki. Em uma passagem do livro o autor deixa uma valiosa lição, a ideia central dela é: não diga aos seus filhos que não podem dar-lhes algo, estimule-os a encontrar uma solução e conseguirem o que querem por si mesmos. 

As lições sobre educação financeira obtidas do Pai Rico em sua infância foram essenciais para sua visão de mundo e para a vida que tem hoje. 

Educação financeira nas escolas 

O paradigma da educação financeira é que ela é essencial para todo e qualquer ser humano, mas na contramão do que deveria acontecer, no Brasil, ela não é ensinada nas escolas ou faculdades. Essa não orientação de como se deve lidar com o dinheiro, causa uma falta de discussão acerca do assunto que perpetua o ciclo da desinformação sobre o assunto. 

Para quebrar esse sistema de distanciamento das crianças de temas relacionados às finanças, medidas estão sendo tomadas pelo governo para a implementação da educação financeira nas escolas com base no Documento de Orientações para Educação Financeira nas Escolas contido no Plano Diretor da ENEF de 2010. Este é o primeira passo para a mudança de perspectiva da importância da educação financeira infantil no Brasil. 

Educação financeira infantil nas escolas 

Tem o potencial de mostrar às crianças que o imediatismo e o consumismo podem ser os maiores vilões de suas finanças, já que aceleram a propensão ao endividamento e a total falta de reservas e investimentos. 

Ao ensinar as bases de educação financeira nas escolas, a expectativa é que, melhor informadas, estas crianças façam melhores escolhas financeiras que afetarão a economia do país, não apenas seus futuros. Já que a educação financeira não ensina apenas sobre como deve ser a nossa relação com o dinheiro, mas também estimula novas maneiras de obtê-lo, como o empreendedorismo. 

Investir em Educação Financeira rende os melhores juros 

Investir em educação financeira é primordial desde cedo, já que esta relação irá ditar o modo de ver e gerenciar seu dinheiro ao longo da vida. Portanto, comece a ensinar seus filhos desde pequenos a serem independentes financeiramente, através de ferramentas como: 
  • estudo das melhores práticas de educação financeira infantil; 
  • estímulo de hábitos de gerenciamento e poupança; 
  • ensinamento por exemplo. 
Não deixe de buscar conhecimento sobre o tema. A educação financeira, como qualquer outra área do conhecimento, é vasta e inesgotável. 

O principal objetivo é que você se aprofunde mais nos estudos para saber quais são as boas oportunidades que a tecnologia pode trazer para os seus investimentos, principalmente no longo prazo. Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Educação Financeira 

Este livro traz ao leitor uma importante reflexão sobre as finanças pessoais. Percorrendo os capítulos, o leitor se depara com conteúdos mais gerais que relacionam o tema das finanças com o bem estar geral da sociedade e com outros que relacionam as finanças com o comportamento e o estilo de vida individual. A leitura do livro possibilita aumentar os nossos conhecimentos sobre as boas práticas de gestão das finanças pessoais e sobre a importância que uma boa "saúde" financeira tem para a liberdade e a felicidade das pessoas. Boa leitura... 

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