O Poder da Empatia

O Poder da Empatia

Conheça o poder da empatia - Aprenda a conhecer mais de si através deste guia completo feito para você 

O Autoconhecimento é o primeiro passo para poder compreender melhor as outras pessoas.

Já parou para pensar no quanto ainda existem pessoas que não compreendem o real significado da palavra empatia? No quanto temos pensado, enquanto sociedade, apenas em nossos próprios interesses, sem nos preocuparmos com o que as pessoas ao nosso redor vêm enfrentando? 

Acreditamos, verdadeiramente, na necessidade de fazer reflexões como estas e muitas outras em nossa vida, pois somente através de pensamentos assim e do desenvolvimento da capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, é que conseguiremos construir um mundo cada vez melhor para se viver. 

Confira neste guia completo, para compreender, de forma mais aprofundada, o verdadeiro poder da empatia e como você pode desenvolvê-la, para viver cada vez mais em harmonia com aqueles que lhe cercam. 

O que é empatia? 

Essa palavra mágica e poderosa, de origem grega, significa ter a habilidade de entender a necessidade do outro. É sentir o que uma pessoa está sentindo, se colocar no lugar dela é ver o mundo pela sua perspectiva. É ter a sensibilidade de ouvir alguém na essência e entender os seus desconfortos e suas alegrias, ver suas vitórias, conquistas e se alegrar, ver suas tristezas e se convalescer. 

De modo geral, a empatia é a capacidade que uma pessoa tem de vivenciar a dor e a alegria de outra, mesmo que a ligação entre elas não seja algo extraordinário, surreal ou de outra vida. Basta apenas que se tenha o coração aberto para entender que cada ser humano é único e passa por situações distintas, que acabam por moldá-lo. 

O que queremos dizer é que não é necessária uma relação entre os envolvidos, ou seja, pode-se ver a empatia agindo em torno de pessoas desconhecidas, mas que estejam vivenciando algo em um mesmo espaço e tempo. 

É importante ressaltar, que não podemos simplesmente ver os problemas e as alegrias de alguém com nossos olhos, como se fossem nossos, com a nossa vivência, nossa história de vida, com a nossa bagagem emocional, achando que absorvemos o que o outro está passando. 

Cada um passa por uma série de acontecimentos que forma sua personalidade e sua vida, não podemos achar que alguém tem um problema pequeno ou uma felicidade exacerbada porque não vemos assim, cabe a nós tentar simpatizar dos sentimentos do outro e compartilhar destes. A empatia envolve três componentes, afetivo, cognitivo e regulação das emoções: 
  1. O afetivo baseia-se na partilha e na compreensão de estados emocionais de outros. 
  2. O cognitivo refere-se à capacidade de deliberar sobre os estados mentais de outras pessoas. 
  3. A regulação das emoções lida com o grau das respostas empáticas. 
Parte da perspectiva referencial que é pessoal a ela, ciente das próprias limitações em acurácia, sem confundir a si mesmo com o outro. Em outras palavras, seria o exercício afetivo e cognitivo de buscar interagir percebendo a situação sendo vivida por outra pessoa, além da própria situação. 

Conceito: 

O estado de empatia, consiste em perceber corretamente o marco de referência interno do outro com os significados e componentes emocionais que contém, como se fosse a outra pessoa. Colocar-se no lugar do outro, porém sem perder nunca essa condição de "como se". 

Por exemplo, em sentir a dor do outro como ele o sente e perceber suas causas como ele as percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor do outro. Se esta condição de "como se" está presente, nos encontramos diante de um caso de identificação e esta só pode acontecer, se o indivíduo tiver vivido experiência semelhante a que está se passando no outro. 

Não é uma emoção, portanto, não se pode "sentir empatia" - é uma habilidade socioemocional que 98% dos seres humanos possuem de reconhecer, compreender e reproduzir emoções alheias. É o canal de conexão com o outro, de forma que quando ativado, faz com que se consiga compreender e reproduzir suas emoções como se estas fossem suas. 

Empatia é para todos? 

De forma clara e direta, não! 

Empatia é um sentimento, é uma qualidade do ser humano. Porém, não são todas as pessoas que conseguem desenvolver essa habilidade. Não são todos os que nascem com empatia arraigada em seu ser. Alguns possuem grande dificuldade de desenvolvê-la. 

Desenvolver a empatia demanda inteligência emocional e psicológica, sendo esta já existente ou a ser desenvolvida. Nem todos possuem uma grande inteligência emocional para lidar com situações onde a empatia se faz necessária, mas é algo a ser desenvolvido. 

Se você parar e pensar, vai ver que para ter empatia, é preciso, minimamente, saber ouvir e simpatizar com as dificuldades do outro. O que quero dizer é que aquelas pessoas que possuem traços de psicopatia em sua personalidade, geralmente, não conseguem ou não possuem a habilidade de desenvolver a empatia em qualquer forma. 

Mas vale lembrar que existem casos de pessoas que não possuem nenhuma psicopatia e ainda assim não conseguem desenvolver o sentimento de empatia por outras pessoas. São, normalmente, pessoas com um grau elevado de egocentrismo e que somente veem suas habilidades pessoais ao passar por problemas ou a lidar com situações adversas. 

Para esse tipo de pessoa que não consegue sentir empatia por outras, ainda existe a possibilidade de desenvolver esse sentimento e procurar melhorar a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender as dificuldades que ele está enfrentando, de ajudá-lo a entender que isso tudo são oportunidades de melhoria e de evolução que a vida acaba oferecendo, ainda que demande tempo e esforço, pois este é um caso mais complexo do que os demais. 

Desigualdade na capacidade empática 

1. Diferenças individuais 

As pessoas não demonstram empatia de igual forma. As diferenças individuais podem ser determinadas usando questionários padrão que medem a empatia e que foram desenvolvidos e validados por psicólogos. Por exemplo: 
  • Escala de Preocupação Empática do Índice de Reatividade Interpessoal - é um teste com 28 itens que utiliza uma escala de 5 pontos. 
  • Escala Equilibrada da Empatia Emocional - é um teste com 30 itens com uma escala de 9 pontos. 
A análise das respostas empáticas de indivíduos que observavam pessoas em sofrimento revelou diferenças individuais na atividade de áreas relacionadas com a empatia da dor. Quanto maior a pontuação obtida nos questionários, maior a ativação das áreas associadas componente afetiva da dor. 

2. Fatores moduladores 

O grau da empatia também varia com fatores situacionais e com o julgamento da situação. É mais fácil ter empatia com alguém que tenha outrem bem do que com alguém que maltrate os outros. Alguns exemplos que modulam a magnitude da resposta à empatia da dor são: 
  • A ligação afetiva; 
  • A avaliação acerca da razão pela qual a dor está aplicada; 
  • A frequência de situações de exposição à dor; 
  • A intensidade do estímulo de dor; 
  • As associações a grupos. 

3. Empatia afetiva e influência grupal 

A associação a um grupo está relacionada com uma maior empatia para com os membros desse mesmo grupo (raça, etnia, equipa de futebol, etc.). Por outro lado, o menor comportamento de ajuda para com os elementos do grupo está associado à ativação do núcleo accumbens, que tem um papel fundamental nos comportamentos de recompensa. 

4. Empatia cognitiva e influência grupal 

A empatia cognitiva também pode ser modulada pela pertença a um determinado grupo. Existem evidências de que a compreensão dos estados emocionais de membros do mesmo grupo é superior do que em membros de grupos diferentes. 

Curiosamente, apesar da empatia por membros do mesmo grupo estar associada sobretudo a áreas cognitivas, a empatia pela humanidade, está associada a áreas de processamento afetivo. 

5. Regulação emocional e influência grupal 

É a capacidade de inibir ou facilitar, explicitamente, as respostas empáticas, de forma a garantir um adequado funcionamento no dia a dia. 

Diferenças neurais entre o processamento automático e mais controlado de diferentes grupos sociais, sugerem a existência de mecanismos de regulação do processamento automático em faces de diferentes raças. Por outro lado, o preconceito racial pode modular a função cognitiva - quanto maior o preconceito, menor o desempenho em tarefas cognitivas. 

Mas como desenvolver a empatia? 

Como foi mencionado no parágrafo acima, é sabido que é possível desenvolver o sentimento de empatia por outra pessoa. Porém, pode ser que isso leve tempo e exija um esforço maior daquele que está em busca deste desenvolvimento. 

É importante ter em mente, que o que vale neste processo é a busca e o interesse pela evolução pessoal, pois de certa forma, sentir empatia por outra pessoa é um sinal de que você está crescendo, já que ao enxergamos as necessidades e os sentimentos dos outros, abrimos nossa mente e o nosso coração para o mundo à nossa volta e caminhamos em direção a um desenvolvimento maior e mais completo. 

Com o tempo e com algumas técnicas, a empatia consegue ser desenvolvida e fixada no interior de uma pessoa. Veja algumas dessas técnicas que podem ser trabalhadas desde já: 
  1. Esteja disposto a ouvir na essência o que aflige a outra pessoa. Quando ouvimos o outro, damos abertura para que ele nos mostre o seu mundo e sua realidade, fazendo deste um lugar seguro para o outro. 
  2. Tente deixar de lado os preconceitos e julgamentos. Ouvir o que outro tem a dizer, sem uma carga prévia, nos faz entender melhor o que ele vive e porque age como age. 
  3. Não faça comparações com outros casos. Cada pessoa possui uma carga emocional própria, quando comparamos diminuímos a situação do outro. 
  4. Passe a conversar com pessoas diferentes. Ao conversarmos com diversas pessoas vemos diversos pontos de vista e variadas vivências, expandindo nossos horizontes. 
  5. Estabeleça um laço de confiança com as pessoas, seja sincero e gentil. A gentileza é capaz de grandes maravilhas na vida dos seres humanos. 
Sentir empatia por uma pessoa ou por um fato que esteja acontecendo com alguém, pode fazer bem tanto para ela quanto para quem tem a capacidade de expressar esse sentimento extraordinário. 

O poder que a empatia tem dentro do seu humano é enorme. Se você sente que consegue ter empatia por alguém, passe a prestar mais atenção no que vem acontecendo a sua volta. Caso você não sinta, ou tenha dificuldade neste ponto, comece com pequenos exercícios e gestos, como os que acabamos de citar, pois isso mudará seu ponto de vista acerca das pessoas ao redor. 

Pequenas transformações acontecem ao longo do tempo, as pessoas passam a te procurar com mais frequência para desabafar ou contar algo que as tem incomodado. Elas confiarão e respeitarão sua opinião cada vez mais e você passará a ser a primeira opção para aqueles que precisam se sentir mais acolhidos. 

Para a pessoa que sente empatia por outra, isso pode ser algo transformador. Muitas vezes sentir que está sendo útil para outra pessoa pode ser o que faltava para se sentir verdadeiramente vivo. Perceba que os benefícios existem tanto para quem busca por colo quanto para quem oferece o ombro e viva o lado bom da humanidade. 

Basta que seja dado um pequeno passo de cada vez, não é necessária uma revolução para que haja o início. E aí? Conseguiu saber se você sente empatia pelas pessoas? Então siga para o próximo tópico e vamos aprender como praticar a empatia: 

Como mostrar empatia 

Ser capaz de praticar a empatia é uma das habilidades mais importantes a se aprender. Em um mundo que passa tanto tempo apontando falhas e impulsionando medo e raiva nas pessoas, a empatia pode ser um bálsamo a fim de acalmá-lo. 

Poderá ajudar tanto a você como a outros, trazendo uma vida mais plena e saudável. A empatia requer de você que se coloque no lugar do outro a fim de estar ciente e atento ao que sente para ajudá-lo. Conheça agora os 13 passos para mostrar empatia pelas pessoas: 

1. Aprenda a ouvir 

Essa é uma das formas mais eficazes para se demonstrar empatia a outras pessoas. Ao ouvir de forma atenta, você o está fazendo com propósito, e não mexendo no celular ou pensando no que fará para o jantar - você realmente interioriza o que a outra pessoa está dizendo. 

Ao ouvir alguém e se distrair com o pensamento do jantar ou com o que será dito a seguir na conversa, traga-se de volta para o presente dizendo "eu estava pensando sobre..., mas você poderia repetir o que disse para eu não me perder?". 

Olhe para a pessoa nos olhos e esteja assentado de frente para ela. Não fique divagando o olhar por toda parte, pois isso faz parecer que você não tem prestado atenção e não se importa com o que ela tem a dizer - o contato visual é dependente da cultura, de modo que algumas pessoas literalmente se sentem ameaçadas por ele (se não tiver certeza, pergunte o que ela prefere).
Ouvir ativamente requer três etapas: 
  1. Em primeiro lugar, parafraseie o que a pessoa disse a fim de demonstrar que você entende o conteúdo da conversa - essa é também uma habilidade de escuta geral. 
  2. Em segundo lugar, reflita novamente sobre a sua reação emocional - essa é uma parte crucial da empatia porque ajuda a outra pessoa a melhor entender e regular as próprias emoções. Essa é uma das principais razões pelas quais precisamos da empatia de outros, suas reações nos ajudam a regular as nossas próprias, e a fazer sentido do mundo ao nosso redor. 
  3. Em terceiro lugar, indique como a sua reação afeta o seu comportamento - expressá-lo claramente é outro elemento importante porque, uma vez mais, você precisa demonstrar que entende o estado emocional da pessoa e pode ajudá-la a descobrir um comportamento com o qual seguir na interação. 

2. Abra-se 

Meramente ouvir o que está sendo dito não constrói uma ponte entre as duas pessoas. Abrir-se emocionalmente é algo incrivelmente difícil e corajoso a se fazer, mas aprofundará a sua conexão com o outro. 

Empatia é uma via de mão dupla. Trata-se de compartilhar vulnerabilidades e uma conexão emocional. Para verdadeiramente praticá-la, é preciso compartilhar a sua própria paisagem interna com alguém à medida em que ele reciproca com a mesma intenção. 

Isso não significa que você precisa derramar a sua história de vida para toda pessoa que encontrar. É sua decisão determinar com quem pretende se abrir, mas, para praticar a empatia, é necessário se abrir à possibilidade e à oportunidade da abertura, inclusive com as pessoas mais inesperadas. Ao encontrar uma pessoa com quem você deseja se abrir mais, experimente fazer o seguinte: 
  • Em vez de se apoiar em pensamentos ou opiniões sobre a conversa, tente expressar os próprios sentimentos sobre determinado assunto; 
  • Tente começar as frases com "eu" ou falar em primeira pessoa; 
  • Por fim, evite responder uma pergunta com "eu não sei", especialmente se ela for pessoal. 
As pessoas costumam dar essa resposta para evitar aprofundar uma conexão com outra. Tente elaborar algo que verdadeiramente expressa o que você sente. 

3. Ofereça afeto físico 

Não é possível fazer isso com todos e, obviamente, você deve perguntar antes para ter a certeza de que não há problema. Demonstrar afeto físico, no entanto, pode impulsionar os níveis de oxitocina e deixar ambos se sentindo melhor. 

Se você conhece bem a pessoa, dê um abraço ou coloque um braço ao redor de seus ombros, ou uma mão sobre seu braço. Não somente isso demonstra que a sua atenção está voltada para ela, como cria uma ligação entre ambos. 

Sabe-se que a oxitocina ajuda as pessoas a melhor interpretarem as emoções dos outros, de modo que um abraço consensual pode desenvolver tanto a sua inteligência emocional como a da pessoa com quem está empatizando. 

4. Concentre a sua atenção para fora 

Atente-se aos arredores e a sentimentos, expressões e ações das pessoas à volta. Reflita em como elas podem estar se sentindo. Observe os arredores com atenção! Concentre-se em sons, aromas, vistas e anote-as mentalmente. 

As pessoas costumam observer as coisas de forma inconsciente. Pesquisas mostram que praticar a consciência sobre os arredores e as pessoas à sua volta aumenta a sua probabilidade de estender a empatia em sua direção e ajudá-las quando precisarem. 

5. Evite julgamentos 

Esse é um passo importante ao praticar a empatia e a consciência. Pode ser difícil evitar fazer julgamentos imediatos, especialmente ao conhecer ou interagir com alguém pela primeira vez. Ainda assim, esse é um passo crucial em direção a se tornar alguém empático. 

Tente conquistar um entendimento mais profundo da perspectiva alheia sem dizer de imediato que se trata de algo bom ou ruim. Dessa forma, você consegue atingir um maior nível de compreensão. Isso não significa que a outra pessoa está certa ou errada, mas investir tempo em obter uma nova perspectiva o ajudará a desenvolver empatia em direção a ela. 

É claro que, se alguém estiver agindo de forma repreensível, é preciso intervir e dizer algo. Abrir a boca pode ser um sinal de coragem e compaixão. 

Fazer julgamentos rápidos sobre os outros é um aspecto fundamental do ser humano. Desenvolvemos essa habilidade a partir de nossos ancestrais e fim de ler pessoas e situações potencialmente perigosas. No entanto, esse mecanismo inato pode ser difícil de vencer. Da próxima vez que estiver fazendo um julgamento espontâneo sobre outra pessoa, tente superá-lo através de: 
  • olhar mais fundo em busca de meios para empatizar com a situação passada por ela; 
  • notando alguns pontos que você e ela têm em comum; 
  • fazer perguntas a fim de melhor entender sua história de vida. 

6. Ofereça ajuda 

Isso demonstra que você vê aquilo pelo que o outro tem passado e deseja facilitar sua vida. Oferecer auxílio é um grande ato de empatia por demonstrar que você se dispôs a separar tempo em sua dia por outra pessoa, sem pedir nada em troca. 

Essa oferta pode ir da simplicidade de segurar uma porta para quem está entrando no mesmo edifício até comprar um café para a pessoa atrás de você na fila. Ela pode vir em um ato grande, como ajudar o seu avô a configurar seu computador e explicar a ele como tudo funciona ou, até mesmo, como se oferecer para cuidar dos filhos de sua irmã no fim de semana para que ela possa descansar. 

Mesmo apenas oferecer a oportunidade de ajudar pode ser um gesto de grande empatia. Diga a um amigo que ele pode avisar se precisar de algo, abrindo o caminho para o auxílio e o apoio. 

7. Pratique a curiosidade direcionada a estranhos 

Parte de demonstrar a empatia é interessar-se pelos outros, especialmente por aqueles de quem você nada sabe e que estão fora de seu círculo social. Essas podem ser pessoas aleatórias que você encontra no ônibus ou ao lado de quem você está esperando na fila. 

Esse tipo de curiosidade vai além de simplesmente conversar sobre o clima, apesar de que essa é uma ótima forma de começar. Você precisa entender um pouco do mundo de outra pessoa, especialmente se ela é alguém com quem você normalmente não conversa. Isso também requer a sua abertura, pois não se pode ter esse tipo de conversa sem também se doar. 

Desenvolver esse tipo de diálogo é ainda uma ótima forma de testar a empatia, uma vez que algumas pessoas não desejarão fazê-lo e é importante aprender a identificar esses comportamentos para deixá-las em paz, Observe por sinais, como se ela está lendo um livro, usando fones de ouvido, com o olhar voltado para longe de todos e sem fazer contato. 

Se uma pessoa fizer contato visual com você, sorria de forma encorajadora. A seguir, tente encontrar algo sobre os arredores ou suas características pessoais e que possa ser usada como abertura para iniciar uma conversa. Alguns exemplos podem incluir: comentar sobre um livro que ela esteja lendo ou pedir que ela o ajude ou explique algo sobre o que está ao redor. Continue a sorrir de forma animadora e tente incluir o nome da pessoa na conversa de vez em quando. 

Além disso, é importante que você cuide de si mesmo nessas situações. Caso esteja se sentindo ameaçado ou desconfortável com a pessoa, termine a conversa e afaste-se. Confie em seus instintos. 

8. Voluntarie-se 

Às vezes, as pessoas só se sentem motivadas a estender as mãos e ajudar os outros depois de term passado por necessidade. Se quiser desenvolver a sua empatia, torne-se um voluntário. 

Isso incentiva o entendimento das necessidades da comunidade e permite a você conectar-se com pessoas que não poderia conhecer normalmente na vida cotidiana. Dedicar um porção de seu tempo aos mais carentes traz benefícios incríveis à saúde. 

Faça pesquisas sobre a comunidade local para determinar quais populações talvez estejam passando por necessidades. Você pode se voluntariar em associações locais, um abrigo para pessoas sem lar, ou mesmo se oferecer para dar aulas para crianças. 

9. Desafie os seus próprios preconceitos 

É difícil lembrar-se que o mero fato de acreditar firmemente em algo não necessariamente indica que você está certo. Invista tempo em analisar os seus próprios preconceitos. Aprender a enxergar as pessoas individuais em vez de julgá-las com termos pejorativos o ajudará a pratica a empatia. 

Procure por pontos em comum com alguém que você costumava enxergar com um rótulo específico e use essa compatibilidade para desenvolver uma conexão com essa pessoa. 

Desafie também vieses e preconceitos. Muitos preconceitos e pensamentos são baseados em informações errôneas que acabaram se espalhando. Eduque-se e ouça mais dos próprios grupos afetados. 

10. Use a imaginação 

A boa imaginação é uma das bases fundamentais ao se demonstrar empatia rumo a alguém. Você não conseguirá vivenciar cada faceta do que pode ocorrer com outra pessoa, mas pode fazer uso da imaginação para ter um vislumbre de como teria se sentido e entendê-lo a fim de empatizar com ela. 

Imaginar ativamente o que outra pessoa pode estar sofrendo o ajudará a empatizar com sua situação. Desse modo, em vez de decidir que o velho pedinte na rua automaticamente gastará o que receber em bebidas, tente imaginar como seria viver nas ruas, à mercê de pessoas sem misericórdia, em um sistema que pune os deficientes e os mais fracos. 

Segundo pesquisas, pessoas que leem ficção tendem a ser melhores em atender emoções, comportamentos e intenções. Por isso, leia um grande leque de áreas do conhecimento e tente se espalhar até chegar aos trabalhos de pessoas marginalizadas. 

11. Pratique a empatia experiencial 

Em outras palavras, isso consiste em obter uma experiência direta da vida de outra pessoa, "caminhar em seus sapatos". O escritor George Orwell viveu nas ruas de Londres para descobrir como era a vivência dos marginalizados pela sociedade. Ele fez amigos, mudou sua visão sobre os indigentes e transformou seu pensamento relativo à desigualdade. 

Da mesma forma, se você considera religioso, participe do serviço de outra (ou alguma) fé para não ridicularizar ou se sentir superior a ela, mas aprender como é estar no lugar de seus fiéis. 

12. Trate as pessoas como sendo importantes 

Comece a tratá-las como se tivessem tanta importância quanto você. Reconheça que não é o único a estar vivendo nesse mundo, e que você não é um ser superior. Aceite cada pessoa como ela é! Não as rotule com estereótipos errôneos e generalistas, pois cada indivíduo é único e vem com forças e fraquezas. 

13. Pratique a meditação com amor e doçura 

Essa é uma ótima forma de se permitir lidar com problemas como depressão e ansiedade, ou mesmo com os estresses do cotidiano. A prática, no entanto, pode inclusive torná-lo mais empático. 

Comece com a meditação comum. Assente-se em algum local confortável e concentre-se na respiração. Quando os pensamentos começarem a invadir, aceite-os e liberte-os de sua mete. Visualize-se como um objeto feito de uma amorosa doçura. Não pense em todas as suas falhas e tampouco em suas forças. Apenas veja a si mesmo como alguém digno de amor. 

Ao ter conquistado a sua doçura, comece a praticá-la para quatro tipos diferentes de pessoas: alguém que você respeita, alguém muito amado, alguém neutro e alguém com quem você tem um conflito. 

Para se manter no caminho, pode ser útil repetir algum mantra, como "amorosa, doçura", para se lembrar nos momentos de distração e permanecer focado nesses sentimentos - mesmo direcionados à pessoa hostil. 

Como sentir empatia 

A empatia é a habilidade de sentir o que os outros sentem e é o segredo para construir relacionamentos significativos e conviver em paz com outras pessoas. Alguns nascem com uma habilidade natural de sentir empatia e outros têm mais dificuldade de se relacionar. 

Se você acha que precisa desenvolver sua empatia, há muitas coisas que pode fazer para melhorar nesse aspecto. Agora, chegando ao final deste guia, confira os passos para se tornar mais empático. 

Entre em contato com suas próprias emoções 

Para sentir emoções junto com outras pessoas, é preciso conseguir senti-las primeiro.
  • Você está conectado com seus sentimentos? 
  • Nota quando está se sentindo feliz, triste, bravo ou assustado? 
  • Você deixa essas sensações virem à tona e serem expressadas? 
Se você tende a reprimir suas emoções em vez de deixá-las fazer parte de sua vida, trabalhe para senti-las mais profundamente. É muito comum evitar sentimentos negativos. Tire um tempo todos os dias para deixar as emoções fluírem.

Escute com mais atenção 

Ouça o que a pessoa estiver falando e note a inflexão na voz. Observe os pequenos sinais que indicam como a pessoa está se sentindo. Pode ser o lábio tremendo e os olhos brilhando. Talvez seja algo mais sutil, ela pode olhar muito para baixo ou parecer ausente.

Esqueça-se de você por alguns instantes e absorva a história das pessoas. Não julgue enquanto escuta. Se você começar a se lembrar de uma desavença que teve ou se sentir crítico em relação às escolhas da pessoas ou de qualquer forma que o tire do momento, se esforce para voltar para o modo ouvinte. 

Finja que é a outra pessoa 

Você já leu uma história emocionante e tão envolvente que acabou se esquecendo de si mesmo? Você se tornou o personagem por alguns momentos e sabia exatamente como se sentiria vendo seu pai pela primeira vez em 10 anos ou perdendo algum ente querido. 

Sentir empatia pessoalmente não é muito diferente. Quando estiver escutando alguém e quiser muito compreender, chegará um momento em que vai sentir o que a outra pessoa está sentindo. Terá um lampejo do que significa ser o outro. 

Não tenha medo de ficar desconfortável 

A empatia pode ser dolorosa! Absorver a dor de outra pessoa pode machucar e o comprometimento profundo exige um grande esforço. Talvez por isso ela esteja desaparecendo - é simplesmente mais fácil manter conversas leves para continuar na zona de conforto. 

Aceite que elas terão um efeito sobre você e que poderá se sentir diferente depois. No entanto, terá uma compreensão mais profunda sobre a outra pessoa, formando uma base para a construção de uma conexão sólida. 

Mostre a outra pessoa que se importa com ela 

Faça perguntas que demonstrem que está  escutando. Use a linguagem corporal para mostrar que está comprometido: faça contato visual, incline-se um pouco, não fique inquieto, balance a cabeça ou sorria em momento apropriados. 

Todas essas atitudes são formas de demonstrar empatia no momento para que a pessoa que está compartilhando os sentimentos crie confiança em você. Se estiver distraído, desviar o olhar ou der sinais de que não está prestando atenção ou não está interessado, a pessoa provavelmente vai parar de desabafar. 

Outra maneira de demonstrar empatia é compartilhar algo sobre você também. Ficar tão vulnerável quanto a outra pessoa pode gerar confiança e conexão mútuas. Abaixe sua guarda e se envolva na conversa. 

Use a empatia para ajudar outras pessoas 

Ser empático com alguém é uma experiência enriquecedora e é positivo deixar que esse conhecimento adquirido influencie suas próximas ações. Talvez isso signifique defender alguém que sofra constantes provocações, já que agora você consegue entender melhor aquela pessoa. 

A forma como você se comportará quando conhecer alguém ou seu ponto de vista em determinados assuntos políticos e sociais pode mudar. Deixe a empatia influenciar a maneira que você se comporta no mundo. 

Esteja aberto para aprender mais sobre algo que não entende 

A empatia surge a partir da vontade de saber mais sobre outras pessoas e outras experiências. Tenha curiosidade sobre a vida dos outros. Tenha como objetivo aprender o máximo que puder sobre outras pessoas todos os dias. Aqui vão algumas formas de estimular sua curiosidade: 
  • Viaje mais - Quando visitar lugares desconhecidos, tente passar mais tempo com os locais e descubra mais sobre o modo de vida deles. 
  • Converse com desconhecidos - Quando estiver sentado ao lado de alguém no ônibus, puxe assunto em vez de enfiar a cara em um livro. 
  • Saia da rotina - Se você tem uma tendência a conviver com as mesmas pessoas e frequentar os mesmos lugares sempre, dê uma variada e comece a fazer novos amigos. Expanda um pouco seu universo. 

Faça um esforço maior para sentir empatia por pessoas das quais não gosta 

Se perceber áreas com pouca empatia, tente mudar a maneira como se sente ou pelo menos ter um entendimento maior sobre pessoas e grupos dos quais não gosta. Assim que sentir repulsa por alguém, pergunte a si mesmo o porquê. 

Decida que, em vez de falar mal ou evitar aquela pessoa, você se colocará no lugar dela. Descubra o que pode aprender sendo empático com pessoas das quais não gosta. 

Lembre-se, que mesmo não conseguindo chegar a um acordo, ainda é possível sentir empatia. Você pode sentir empatia por alguém que não gosta. E quem sabe se abrindo um pouco possa encontrar motivos para mudar de ideia sobre aquela pessoa. 

Pergunte às pessoas como elas se sentem 

Essa é uma maneira simples de gerar empatia no dia a dia. Em vez de evitar as conversas emotivas, pergunte aos outros sobre seus sentimentos com mais frequência, e ouça as respostas de verdade. Isso não significa que toda conversa tenha que ser profunda, solene e filosófica. 

Mas perguntar às pessoas como elas estão se sentindo pode ajudar você a se envolver verdadeiramente e realmente enxergar a pessoa com quem está conversando. O outro lado da moeda é responder com mais sinceridade quando alguém perguntar como você se sente. Veja o que acontece quando você expressa suas emoções em vez de reprimi-las. 

Leia e assista mais ficção 

Absorver um monte de histórias em forma de novelas, filmes e outras mídias, é uma boa maneira de desenvolver seu senso de empatia. Estudos mostram que a literatura ficcional melhora a habilidade de ser empático na vida real. 

Ela ajuda a criar o hábito de imaginar como seria sua vida na pele de outra pessoa. A catarse de rir e chorar com um personagem pode fazer com que você fique mais emocionalmente aberto para as pessoas. 

Pratique a empatia com alguém de sua confiança 

Se estiver com dificuldade para descobrir se você é empático, treine com alguém. Explique à pessoa que você está tentando trabalhar essa característica para que ela entenda se você não se sair bem. Peça a essa pessoa para dizer como se sente e treine os passos acima. 

Diga como você se sente em relação ao que ela lhe contou. Veja se os sentimentos correspondem, se a pessoa expressou tristeza e você se sentiu triste enquanto ela estava falando. Você interpretou as emoções corretamente? 

Se os sentimentos não corresponderam, talvez você deva ficar um tempo se dedicando a entrar em sintonia com seus próprios sentimentos e praticando o reconhecimento das emoções de outras pessoas. 

Veja isso como um compartilhamento de emoções 

A empatia é a habilidade de sentir junto com alguém. Ela exige que você ultrapasse a superfície e experimente as mesmas emoções que outra pessoa. É fácil confundir empatia com simpatia, que é sentir pena de alguém em um momento difícil e tomar uma atitude para ajudar. Mas a empatia vai além: em vez de sentir por alguém, você sente com alguém. 

Outra forma de enxergar a empatia é como um entendimento compartilhado, uma habilidade de se projetar na experiência de alguém. A ideia de tentar andar uma longa distância usando os sapatos de alguém é uma boa descrição da empatia. 

Ser empático significa compartilhar qualquer tipo de emoção - não precisa ser negativa. É estar sintonizado com todos os sentimentos e emoções de alguém para ter uma noção de como é ser aquela pessoa. 

Entenda que não é preciso concordar com alguém para sentir empatia por ele 

É possível ser empático com alguém com quem você discorda completamente e até mesmo de quem não gosta. Essa pessoa também é humana e tem as mesmas emoções que você. Pode não ser fácil, mas é possível sentir empatia pela dor e sofrimento daquela pessoa, assim como sentiria por alguém que ama. 

Pode ser ainda mais importante desenvolver a habilidade de sentir empatia por pessoas que não gosta. A empatia ajuda a enxergar todas as pessoas como seres que precisam de amor e consideração, independente de qualquer coisa. Ela cria a possibilidade de paz. 

Esqueça a regra do não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você! 

Não tente tratar os outros como gostaria de ser tratado - os gostos podem ser diferentes. 

A "regra de ouro" não se aplica quando se trata de empatia, pois ela não ajuda a entender como é ser a outra pessoa. Ser empático significa abrir a si mesmo ao ponto de vista de outra pessoa e seus gostos, em vez de impor a ela sua própria experiência e ideias. 

Pensar em como gostaria de ser tratado pode servir como ponto inicial para o respeito e a conscientização, mas, para ser empático você deve ir além. É um desafio colocar isso em prática e pode ser desconfortável, mas quando mais você fizer, mais entenderá as pessoas ao seu redor. 

Entenda por que a empatia é importante 

Ela melhora a qualidade de vida tanto no nível pessoal quanto social e te ajuda a se sentir conectado com as pessoas ao seu redor e a criar um senso de significado compartilhado. Além disso, a habilidade dos humanos de sentir empatia por pessoas diferentes de si mesmos traz enormes ganhos sociais. 

Ela ajuda indivíduos e grupos a superarem o racismo, a homofobia, o sexismo, o classicismo e outros problemas da sociedade. É o alicerce para a cooperação social e ajuda mútua. Sem empatia, onde estaríamos? 

Ao entrar em contato com seu senso de empatia e fazer dele uma prioridade todos os dias, você pode melhorar sua habilidade de ser empático - e ver como sua vida melhora em consequência disso. 
Se as emoções forem fortes o suficiente, elas podem lhe deixar com sentimentos parecidos depois. Isso pode ser perigoso no caso de uma situação deprimente. Se acontecer, não se preocupe, tente pensar em lembranças felizes para combater a empatia depressiva com empatia alegre.

Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Gestão da Emoção (Augusto Cury) 

Estamos na era de sustentabilidade. Mas precisamos ter consciência de que não apenas o planeta tem recursos limitados, mas o "planeta" cérebro também. 
Estamos esgotando a nossa mente ao ruminar perdas e mágoas, sofrer pelo futuro, preocupar-nos muito com a opinião das pessoas, ter a necessidade neurótica de mudar os outros e cobrar demais de nós e de quem está ao nosso redor. 

Ao agir assim, podemos ser ótimos para a empresa em que trabalhamos, mas nos tornamos carrascos de nosso cérebro e de nossa qualidade de vida. Em "Gestão da Emoção" - um livro único no mundo -, psiquiatra, psicoterapeuta e pesquisador Augusto Cury ajudará você a identificar o mau uso da emoção e o gasto desnecessário de energia, além de sugerir ferramentas para corrigir a rota. Através de técnicas simples mas impactantes, Cury o ensinará a trabalhar melhor a emoção e expandir as habilidades vitais da inteligência. Boa leitura... 

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