Juros semestrais

Como funcionam os juros semestrais do Tesouro Direto? 

Você já ouviu falar sobre os juros semestrais do Tesouro Direto? Se sim, talvez tenha se perguntado como funcionam esses rendimentos tão comentados. E se ainda não está familiarizado com o assunto, prepare-se para desvendar um mundo de oportunidades financeiras e maiores ganhos. 

Juros semestrais

Os juros semestrais do Tesouro Direto são uma forma de remuneração oferecida por alguns títulos públicos disponíveis nesse programa de investimentos. A cada 6 meses, você recebe parte da rentabilidade que ganharia somente no prazo de vencimento em outros títulos. 

Eles são recomendados para quem utiliza os juros como uma forma de renda extra. Logo, fazem mais sentidos para investidores de alta renda e/ou que vivem de renda passiva. Os juros semestrais podem ser boas alternativas para "engordar" sua renda passiva recorrente. 

Neste artigo, descubra o que são os juros semestrais, como eles funcionam e quais são os títulos do Tesouro que oferecem essa modalidade de pagamento. Vamos conhecer as datas importantes, entender como esses rendimentos são calculados e como você pode tirar o máximo proveito deles. 

O que são os juros semestrais no Tesouro Direto? 

Para início de conversa, o que são juros semestrais? De maneira resumida e simples, são uma forma de remuneração oferecida por alguns títulos públicos disponíveis nesse programa de investimentos. Você também pode ler por aí a nomenclatura "cupons do Tesouro" que, na prática, significa a mesma coisa. 
Ao contrário dos títulos que pagam juros apenas no vencimento, aqueles com juros semestrais pagam uma parcela dos rendimentos a cada 6 meses.
Essa opção pode ser interessante para quem busca um fluxo de renda periódico, como aposentados ou pessoas que necessitam de um complemento de renda passiva. Normalmente, sem os juros semestrais, você empresta seu dinheiro ao governo federal que vai devolvê-lo, com juros totais, no vencimento do título. 

Juros semestrais

No caso dos juros semestrais, portanto, não precisa esperar até o final do prazo para receber o que seu dinheiro. Além disso, os valores podem ser reinvestidos, potencializando o retorno ao longo do tempo. É importante ressaltar que nem todos os títulos do Tesouro Direto oferecem essa modalidade, e as datas de pagamento dos juros são pré-determinadas para cada título específico. 

Quais títulos do Tesouro Direto pagam juros semestrais? 

Como dissemos, não são todos os títulos públicos que oferecem remuneração a cada 6 meses. Hoje, são 4 as modalidades de Tesouro Direto para escolher: Selic, RendA+, IPCA+ e prefixados, sendo que somente os 2 últimos contam com a modalidade de juros semestrais. Em resumo: 
  • IPCA+ com juros semestrais: são corrigidos pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acrescidos de uma taxa de juros determinada no momento da compra. Ele oferecem ao investidor uma proteção contra a inflação, garantindo um rendimento real. 
  • Tesouro Prefixado com juros semestrais: já os títulos prefixados possuem uma taxa de juros fixa, definida no momento da compra. Eles não estão diretamente relacionados à inflação, o que significa que a rentabilidade será preestabelecida independentemente das oscilações futuras. 
Ambos os tipos de títulos do Tesouro Direto oferecem diferentes prazos de vencimento, possibilitando ao investidor escolher aquele que melhor se adequa às suas necessidades e objetivos financeiros

Como é feito o pagamento dos juros semestrais do Tesouro Direto? 

O pagamento dos juros semestrais do Tesouro Direto é feito diretamente na conta do investidor, na instituição financeira em que ele possui cadastro. Assim sendo, os valores são depositados automaticamente a cada seis meses na sua conta da corretora. 
É importante ressaltar que os juros semestrais são creditados de forma líquida, ou seja, já descontados dos impostos e taxas aplicáveis.

Imposto de Renda sobre os juros semestrais 

Por falar em tributos, é importante ficar de olho também na tabela regressiva, uma vez que, com o tempo, o Imposto de Renda sobre os rendimentos vai diminuindo (tabela regressiva). Observe: 
  • 1º pagamento dos juros semestrais: vem após 6 meses da data da compra do título. O IR incidente é de 22,5% sobre o que rendeu nesse semestre. 
  • 2º pagamento de juros semestrais: 12 meses da compra do título. Nesse caso, o IR será de 20%, considerando o último semestre. 
  • 3 pagamento de juros semestrais: vem no aniversário de um ano e meio. Agora, o IR será de 17,5%. 
  • 4º pagamento e os seguintes: acima de 2 anos, a alíquota será sempre de 15% em cima da rentabilidade do último semestre. 

Quais são as datas de pagamento dos juros semestrais no Tesouro Direto? 

As datas de pagamento dos juros semestrais no Tesouro Direto variam de acordo com o título específico em que o investidor está aplicado. O investidor pode verificar a data e o valor do próximo pagamento acessando sua conta na página do Tesouro Direto. 

Cada títulos possui seu próprio cronograma de pagamento, que é divulgado pelo Tesouro Nacional. Geralmente, os pagamentos ocorrem nos meses de janeiro e julho de cada ano, mas isso não é uma regra

No entanto, é importante ressaltar que as datas exatas podem variar e é necessário verificar o calendário atualizando junto ao Tesouro Direto ou na plataforma da instituição financeira em que o investidor possui sua conta. 

Vale a pena investir em títulos com juros semestrais? 

Afinal, é melhor comprar títulos com ou sem os "cupons" de juros semestrais? Confira, no quadro abaixo os prós e contras que devem ser considerados ao pensar nesses ativos para a sua carteira de Renda Fixa

Prós de comprar títulos com juros semestrais 
  • Proporciona fluxo de renda passiva periódico. 
  • Pode ser uma opção para aposentados ou quem busca complementar a renda. 
  • Permite o planejamento de despesas regulares, com a previsibilidade dos pagamentos. 
  • Pode usar os valores dos juros semestrais para rebalancear a sua carteira, comprando outros ativos. 

Contras de comprar títulos com juros semestrais 
  • Menor valor recebido no vencimento em comparação aos títulos que pagam juros apenas no final do prazo. 
  • Os pagamentos semestrais estão sujeitos ao Imposto de renda sobre os ganhos. 
  • Os pagamentos semestrais podem ser afetados por mudanças nas taxas de juros, podendo diminuir ao longo do tempo. 
  • Menor efeito dos juros compostos no longo prazo, pois você "saca" parte do rendimento. 
Lembrando que esses títulos não necessariamente são mais arriscados do que os demais. O que conta na dinâmica do risco será o prazo final. Então, antes de comprar esses títulos, pense se, no seu caso, faz mais sentido receber os juros semestrais como fonte de renda extra ou pode esperar chegar o vencimento, a não ser que queira mitigar riscos com títulos de prazo mais longo ou diversificar mais o seu portfólio. 

Assim sendo, para quem investe valores mais baixos e tem patrimônio menor, pode não fazer sentido a estratégia dos juros semestrais. Se você não vai usar os juros nos seus consumo corrente e vai apenas reinvesti-los, é melhor aguardar o vencimento, pois evita ficar pagando o IR todas as vezes e paga uma única quando reaver o investimento. 

Seus objetivos e sua carteira e sua estratégia para o curto, o médio e o longo prazo devem ser pensados com cuidado. Afinal, ter bons resultados e ser um investidor de sucesso depende diretamente de um bom planejamento. Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Tesouro Direto e outros investimentos financeiros: planos financeiros e atuariais de aposentadoria 

Em um país, como o Brasil, em que sempre imperou e ainda impera, infelizmente, a maior taxa de juros do mundo, a aplicação de renda fixa é uma forma de se manter o poder aquisitivo da moeda conta a desvalorização causada pela inflação, produto de um sistema econômico de pouca concorrência entre agentes econômicos e mais uma infinidade de itens que propiciam uma grande rigidez à baixa dos preços de bens e serviços. Ao se aplicar na renda fixa é fundamental saber-se a priori o quanto se irá receber em termos de retornos líquidos mensal e anual na aplicação realizada para que se possa fazer comparação com outros produtos financeiros do mercado. Este é o principal objetivo deste livro: ensinar ao leitor o cálculo da rentabilidade liquida dos títulos públicos empregando planilhas Excel do Tesouro Nacional, calculadoras financeiras HP 12C e máquinas científicas. Boa leitura... 

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