Fundo de ações

Fundo de ações

O que é Fundo de Ações, como funciona e dicas para escolher e investir 

Fundos de Ações são uma forma de investir em papéis de empresas na bolsa de valores, por meio de um condomínio, formado por cotistas. São uma boa oportunidade para pequenos investidores, que podem acessar o mercado de ações de maneira mais prática e diversificada. 

É um modelo de investimento recomendado para aqueles que desejam adicionar ativos com retornos potenciais mais elevados em sua carteira, mas que não possuem tempo ou interesse em acompanhar o mercado financeiro de ações. 

Mas qual o motivo dessas características e qual a diferença entre comprar ações diretamente pelo home broker e aplicar em fundos de ações? Fundos de ações se tornam escolhas mais práticas pois são gerenciados por gestores financeiros. São profissionais capacitados e dedicados à procura de estratégias que seguem um processo bem definido e estruturado. 

Apesar disso, fundos de ações não deixam de ser investimentos de risco, pois são de renda variável. Então, se você busca investimentos para aumentar seu capital, mas sem arriscar perder uma parte do seu patrimônio, recomendamos deste artigo. 

Agora, se você quer diversificar seus investimentos e aumentar o potencial de ganhos da sua carteira, continue a leitura. Neste artigo, vamos apresentar um guia com tudo o que você precisa saber para começar a investir em fundos de ações. Acompanhe! 

Como funcionam os Fundos de Ações 

Os fundos de ações são compostos por ativos de renda variável como ações, principalmente. Eles funcionam da mesma forma que outros fundos de investimentos: 
  • o investidor compra uma cota do fundo; 
  • valor é somado aos valores das demais cotas; 
  • montante total é aplicado em lotes de ações, de acordo com a estratégia adotada pelo gestor. 
Quem realiza diretamente as aplicações, realocações e análises em um fundo de ações é o gestor. É necessário que esse gestor possua conhecimento e experiência no mercado de ações para conseguir analisar os riscos das aplicações, buscando sempre os melhores meios de rendimento das ações adquiridas pelo fundo. 

Por outro lado, o investidor não precisa adquirir ações diretamente. Como cotista, ele adquire as cotas e confia seu capital ao gestor. É ele que irá escolher as melhores opções disponíveis, sempre visando a maior rentabilidade possível. 

Dessa forma, os fundos de ações são um investimento bastante prático, pois não requerem o acompanhamento constante ou conhecimento específicos do mercado financeiro por parte do investidor. 

Proporção de investimentos de um fundo de ações 

Fundos de ações precisam respeitar uma proporção de investimentos. Devem ter, no mínimo, 67% do seu valor total aplicado em títulos de ações. 

Já o restante do valor pode ser aplicado em investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto, CDB, LCI ou LCA, entre outros. 

10 Fundos de Ações 

Investir em fundos de ações é uma ótima oportunidade para aumentar a rentabilidade das aplicações e diversificar sua carteira de investimentos

Mas é fundamental que o investidor, antes de escolher o fundo adequado para seus objetivos e perfil, observe atentamente o histórico de rendimentos daquele fundo e entenda qual a estratégia adotada pelo gestor. 

Essas informações irão auxiliar na tomada de decisões e podem evitar que você enfrente situações que possam ir contra seu perfil ou possam atrapalhar seus objetivos. 

Importante lembrar: ainda que essa análise histórica dos rendimentos seja importante na hora de escolher qual o melhor fundo para você, nunca se esqueça que ganhos no passado não são garantia de ganhos futuros

Ou seja: mesmo que um determinado fundo tenha rendido 113% no ano anterior, por exemplo, não significa que ao investir neste mesmo fundo, você terá essa mesma rentabilidade. 

Inclusive, pode ser até que você não tenha nenhuma rentabilidade. Como os fundos de ações são investimentos de renda variável, não é possível prever seus rendimentos - ou a falta deles. 

Tendências de mercado podem ser alteradas a qualquer momento e por inúmeros motivos. Seja o início de uma guerra, a deposição de um presidente, a reeleição de outro, um desastre ambiental. São muitos os motivos que influenciam o mercado de ações em todo o mundo

Quais os riscos de investir em Fundos de Ações 

Todo investimento de renda variável oferece mais riscos que as opções de renda fixa. Toda renda variável é suscetível às oscilações do mercado e não é possível prever com exatidão a alta ou a queda de determinado ativo. 

Um bom exemplo dessas variações e oscilações é o dólar. Ao planejar uma viagem, essa previsão é fundamental para ajudá-lo na programação de custos, certo? Porém, não é uma ciência exata. 

Três principais riscos dos fundos de ações 

Assim, o primeiro risco dos fundos de ações é a volatilidade do mercado e os preços das ações negociadas. Para contornar isso de alguma forma, existem certos meios do investidor se proteger: 
  • manter boa parte do seu patrimônio em renda fixa; 
  • investir apenas uma pequena parte do capital em ações. 
Outro risco que os fundos de ações oferecem é em relação à liquidez. Além de apresentar um período maior para recebimento do valor, é possível que você acabe com títulos de empresas que não tenham condições de arcar com seu compromisso. 

Por isso, analisar os dados financeiros da empresa na qual se tem interesse em adquirir ações, é fundamental e extremamente importante para escolher operações confiáveis e saudáveis. 

O terceiro risco que podemos citar é um possível erro de análise do gestor. Como os investidores ficam à mercê das decisões do gestor, algum dado pode ser interpretado de maneira equivocada. Isso pode impactar no resultado de uma análise e, por consequência, pode levar a uma estratégia inconsciente, gerando perda de valores ou baixo rendimento. 

O que avaliar em um Fundo de Ações 

Sempre analise o histórico do fundo, mas não espere obter os mesmos resultados. Mencionamos algumas vezes no decorrer deste texto a importância de analisar as informações históricas do fundo de ações antes de escolher a opção adequada para você. 

Mas o que exatamente é preciso avaliar e considerar antes de escolher o fundo de ações? Abaixo, apresentamos fatores essenciais, aqueles que têm grande influência e impacto nos resultados obtidos pelo fundo. Vamos lá? 

Risco 

A primeira análise a ser feita é sua própria. Qual sua tolerância para enfrentar riscos? Como você se sentiria ao ver seu investimento em queda, de um dia para o outro, e com rendimento negativo? Você resgatará o valor no mesmo instante ou iria aguardar a resposta do mercado? 

Não é à toa que existe uma avaliação de perfil na plataforma de escolha, no momento em que você inicia seu investimento. Essa avaliação serve para identificar seu perfil de investidor, permitindo que a corretora ou o banco ofereçam produtos adequados para você. 

Dessa forma, é possível você se proteger e realizar o gerenciamento do seu capital da forma mais confortável possível para você. 

Taxas 

Um dos itens fundamentais são as taxas administrativas e de performance cobradas no fundo. Quando mais altas as taxas, maiores serão os custos operacionais. Assim, mesmo que o fundo apresente boa rentabilidade, pode não compensar investir nele. 

Portanto, verifique todas as taxas cobradas e cruze essa informação com outros fatores. Em média, é cobrado 2% de taxa administrativa e 20% de taxa de performance, mas esses valores variam de acordo com os fundos. 

Gestor do fundo 

Como falamos, o gestor do fundo é quem fará operações de rotina, alocando o valor, diversificando a carteira, comprando e vendendo ações, de acordo com suas estratégias. 

Entende o desempenho do gestor em outras operações lhe dará uma boa noção de sua atuação. Assim, também será possível entender se a estratégia utilizada estará adequada ao seu perfil ou aos seus objetivos como investidor. 

Performance 

A performance histórica pode oferecer um bom embasamento, mas lembre-se que ganhos passados não garantem ganhos futuros. Para entender o potencial daquele fundo de ação, é necessário observar o histórico do fundo, o que permite a análise de três importantes itens. São eles: 
  • a volatilidade do fundo; 
  • o comportamento do fundo em comparação com a performance do Índice Bovespa
  • entender se vale correr o risco com base no potencial de retorno

Composição do fundo 

Entenda a composição do fundo de ações que você está considerando investir. Ele está bem diversificado? Possui empresas de segmentos diferentes, que possam equilibrar os riscos? 

Uma das maiores vantagens dos fundos de ações é a possibilidade de diversificar seus investimentos em ações. Mas isso só será possível se o fundo em questão estiver bem planejado. 

Liquidez 

Imagine que você investiu em um fundo de ações e, por algum motivo, decida retirar o dinheiro. Na hora do resgate, descobre que irá demorar até 90 dias para completar a solicitação. Não seria nada bom, certo? 

Então, antes de investir, informe-se em quanto tempo você poderá resgatar o valor. Alguns fundos de ações oferecem liquidez rápida, como D+1 ou D+3. Mas existem fundos com prazos longos, como 10, 30 ou 90 dias para o resgate. 

Rating e avaliações 

Outro fator a ser considerado são as avaliações realizadas por especialistas. Na XP por exemplo, você pode classificar as opções de fundos de ações, com base na análise Morningstar, uma classificação que considerar a rentabilidade equiparada ao risco. Mensalmente, o rating é atualizado e você pode conferir no site da XP. 

7 dicas para escolher um bom Fundo de Ações 

1. Saia da zona de conforto 

O gerente do seu banco liga para você e recomenda o investimento em um fundo de ações da própria gestora ligada à instituição. Parece confortável, não é? Mas, na verdade, a comodidade pode ser um tiro no pé, pois não necessariamente esse fundo será bom, mais rentável e com taxas atrativas. 

Nesse sentido, os gerentes bancários recomendam os fundos da instituição que eles trabalham e não há um grande portfólio que realmente possa atender aos seus objetivos e perfil de investimento. Portanto, o que parece cômodo no final pode não ser a melhor opção. 

2. Analise a rentabilidade histórica dos fundos de ações 

Antes de investir em um fundo de ações, analisar o histórico é, de fato, fundamental. Claro que é muito importante se atentar àquela máxima do mercado financeiro para manejar as experiências: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. 

No entanto, saber analisar friamente o histórico de longo prazo de cada fundo pode ajudar a encontrar uma boa gestão mesmo em períodos de crises. Para fundos de ações, especificamente, olhe sempre como os gestores de determinado fundo se comportaram quando a Bolsa passava por maus bocados. 

Assim, se o fundo foi bem nessas épocas ou, pelo menos, conseguiu se proteger de grandes perdas, já é um bom indício de gestão acertada e com estratégias que flutuam sempre buscando as melhores oportunidades. 

A consistência de um fundo de ações é um grande atributo. Sendo assim, é mais importante do que, por exemplo, uma gestora ou um ativo que todo mundo está falando no momento. Mas o que realmente importa é a qualidade de quem está por trás e como o histórico mostra a gestão em variados momentos e não só quando o mercado está em alta. 

3. Verifique a volatilidade e saiba o quanto aplicar 

É muito comum ouvir um analista de ações falar o termo "vol". O que significa isso e por que é tão usado no mercado financeiro? Primeiramente, "vol" é um diminutivo para volatilidade. Basicamente, significa a oscilação dos preços de algum ativo, no caso desse texto as ações. 

É muito saudável, antes de investir em um fundo de ações, verificar qual é o seu padrão de volatilidade. Portanto, quanto mais volátil um fundo de ações mais "estômago" você precisará ter. Da mesma forma que um fundo volátil pode trazer retornos muito expressivos, em dias ruins isso pode significar perdas igualmente expressivas. 

Por isso, procure saber como o fundo de ações se comporta nesse quesito. Assim, você entenderá o quanto aplicar baseado no seu perfil. Para investidores que buscam mais consistência, recomenda-se, então, alocar uma pequena parte na carteira nos fundos de ações mais voláteis, ao contrário daqueles que gostam de aproveitar esse vaivém mais adequado. 

4. Saiba os custos dos fundos de ações 

Primeiramente, todo fundo de ações cobra dos investidores duas porcentagens por causa da custódia e gestão do seu dinheiro: a taxa de administração e a taxa de performance

A primeira é determinada pela gestora e é referente ao trabalho de administração sobre o dinheiro aplicado. Aliás, essa taxa, nos bons fundos de ações do mercado, pode ir até 2%. Se passar disso, repense o seu investimento e desconfie. Há por aí, principalmente nos grandes bancos, taxas de administração na casa dos 4% ou 5%. 

E a segunda diz respeito aos objetivos alcançados, ou seja, a rentabilidade que ultrapassar o benchmark, no caso os índices da Bolsa. Funciona assim: se o Ibovespa subir 10% e o fundo de ações subir 15%, o investidor paga 20% do excedente. Nesse exemplo, 20% dos 5% de rentabilidade acima do índice significam 1% destinado para a gestora do fundo como prêmio por ter superado o benchmark. 

5. Olhe mais profundamente para a gestora 

Não adianta olhar só a lâmina do fundo. O histórico, os custos, a volatilidade, a estratégia e o aporte mínimo não são suficientes. Procure saber quem é a gestora e os especialistas que a compõem. Dessa forma, é fundamental procurar notícias sobre a gestora e visitar o site institucional. Lá, geralmente estão informações, como a formação dos gestores, cartas da análises sobre os fundos, entrevistas, etc. 

Na hora de escolher um fundo de ação, quanto mais a fundo você for maior a chance de saber se há compatibilidade entre os seus objetivos e a forma de pensar dos gestores. Então, uma dica adicional é ir além do nome daquele grande gestor. Tente entender como a equipe pensa, pois, caso esse grande gestor venha a deixar a empresa, você terá a confiança no time e não apenas em um nome. 

6. Acompanhe o que os gestores têm a dizer sobre os fundos de ações 

Para investir em fundos de ações, é recomendado acompanhar as gestoras. Em resumo, existem fundos que comunicam aos cotistas fatos novos e relevantes periodicamente. Esses comunicados podem ser mensais, trimestrais semestrais ou até mais recorrentes. 

Assim, cada um tem um perfil para se comunicar com o cliente e, inclusive, isso também deve ser considerado antes de investir. Isto é, quando mais transparente for a gestora, mais chance você terá para entender as mudanças de estratégias, entre outros comunicados. 

7. Mire o longo prazo 

Os fundos de ações são recomendados para quem quer investir dinheiro a longo prazo. Geralmente, os próprios gestores fazem suas teses de investimento para um prazo mais estendido. Então, não faria sentido ficar em um fundo de ação por 1 ano sendo que a estratégia de investimento de um fundo de ação pode ser para 5 anos ou uma década, por exemplo. 

Se bem gerenciados, fundos de ações podem obter rendimentos superiores ao CDI. Neste artigo, você aprendeu o que são fundos de ações e como eles podem te ajudar a ganhar mais dinheiro, diversificando seus investimentos. Por outro lado, fundos de ações também apresentam altos riscos, e é preciso estar ciente disso. 

Ao adquirir suas cotas, você estará confiando toda sua operação a um gestor financeiro. Por isso, é importante verificar o histórico do gestor, qual sua política de investimentos e suas estratégias utilizadas. Não compre cotas de fundos de ações se você não se sentir confortável com o método de trabalho de gestor. 

Investir na sua educação contínua e acreditar na sua capacidade de se transformar para melhor. Comece agora mesmo a realização dos seus sonhos! Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

Implementação: 

Ações Comuns Lucros Extraordinários 

Philip Fisher é reconhecido e admirado como um dos mais influentes investidores de todos os tempos. Sua filosofia de investimentos, apresentada há mais de 60 anos, continua sendo aplicada e estudada por profissionais ainda hoje, e foi uma das grandes fontes de inspiração de Warren Buffett. Este livro reúne, em um único volume, os três principais textos de Fisher: Ações comuns, lucros extraordinários (publicado em 1980); Investidores conservadores dormem tranquilos (1975); e Desenvolvendo uma filosofia de investimentos (1980). Além de manter toda a sabedoria da edição original, a obra ainda com um novo prefácio do filho do autor, o também investidor Kenneth Fisher, trazendo novas perspectivas sobre o trabalho do pai. Trata-se de uma leitura fundamental a todos os que querem aprimorar ainda mais seus conhecimentos sobre o mercado de ações. Boa leitura... 

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